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Secretário César Nunes (centro), coronel Mascarenhas e delegado Joselito Bispo
Foto: Jorge Cordeiro
O secretário da Segurança Pública, César Nunes, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 30, na sede da SSP, juntamente com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nílton Mascarenhas, e o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, anunciaram que o policial militar Fagner Castro Santos será afastado de suas atividades durante as investigações da morte do perito-técnico Hilton Martins Rivas, identificado como o autor dos disparos que mataram o perito-técnico Hilton Martins Rivas, de 25 anos, na noite desta quarta-feira, 29, no Largo do Santo Antônio Além do Carmo.
César Nunes garantiu que o trabalho de integração das duas policias baianas vai continuar e que, em 40 dias, o inquérito sobre a morte de Hilton estará concluido.
De acordo com o secretário, a partir das provas colhidas pela perícia e dos depoimentos das testeminhas que vão ser ouvidas, depois disso, vai encaminhar tudo ao Ministério Público Estadual.
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindpoc), informou que irá manter a paralisação das atividades da categoria, iniciada nesta quinta em decorrência do incidente. "A questão não é que ele seja afastado. A questão é que ele seja apresentado para depor na 2ª Delegacia, que é o procedimento correto", afirma Bernardino Gayoso, secretário-geral do Sindpoc.
De acordo com Manoel Francisco Bastos, corregedor da PM, "não existe razão para prender alguém que agiu no legítimo cumprimento do dever. O perito sacou a arma e, felizmente, o tenente atirou primeiro. Foi um caso de legítima defesa evoluído do estrito cumprimento do dever".
Com a paralisação, o atendimento à população está suspenso nas delegacias. São realizadas apenas levantamento cadavérico e registro de flagrantes. A categorai realizou protestos ao longo dia. Pela manhã, manifestantes colocaram uma faixa preta em sinal de luto na frente da secretaria e fecharam a rua com cerca de 30 viaturas com sirenes ligadas. À tarde, os policiais protestaram em frente ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, na avenida Centenário.
O inquérito para aveguar as circunstâncias da morte de Rivas será conduzido pelo tenente coronel da Polícia Militar José Reinaldo Barreto. As investigações serão acompanhadas pela Polícia Civil e pelo MPE, através da coordenadora do Grupo de Atuação Especial para o Controle Externo da Atividade Policial (Gacep), promotora de Justiça Isabel Adelaide Moura.