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Os policiais civis exigem da SSP uma apuração rigorosa da morte do perito
Foto: Paulo M. Azevedo/Correio
A sonhada unidade entre as duas policiais da Bahia, a Civil e a Militar, está mais trincada do que nunca. Esta quinta-feira, 30, foi marcada por protestos dos policiais civis orientados pelo Sindpoc, diante da morte por PMS do perito técnico Hilton Martins Rivas, 25, episódio que aconteceu ontem, no centro histórico de Salvador.
O secretário da Segurança Pública, César Nunes, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nílton Mascarenhas, e o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, dão entrevista coletiva, no final desta tarde, no auditório da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no CAB, quando revelam as providências que estão sendo tomadas para resolver a questão.
Em frente a Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Piedade, os policiais civis protestaram, gritaram palavras de ordem e querem a apuração rigorosa dos fatos. O mesmo aconteceu em frente ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, com grandes engarrafamentos de trânsito na cidade.
"Vamos suspender todas as atividades até que a PM apresente o tenente na 2ª Delegacia. O que aconteceu foi um absurdo, uma execução", reclamou Cláudio Lima, diretor jurídico do Sindpoc. São realizadas apenas levantamento cadavérico e flagrantes. Os manifestantes colocaram uma faixa preta em sinal de luto na frente da secretaria e fecharam a rua com cerca de 30 viaturas com sirenes ligadas.
De acordo com Manoel Francisco Bastos, corregedor da PM, "não existe razão para prender alguém que agiu no legítimo cumprimento do dever. O perito sacou a arma e, felizmente, o tenente atirou primeiro. Foi um caso de legítima defesa evoluído do estrito cumprimento do dever".
MP ACOMPANHA
Ministério Público estadual irá acompanhar as apurações da Polícia Militar referentes à morte do perito técnico da Polícia Civil, Hilton Rivas Júnior, ocorrida ontem (29) durante uma abordagem no Largo de Santo Antônio, no Centro Histórico.
Agora pela manhã, a coordenadora do Grupo de Atuação Especial para o Controle Externo da Atividade Policial (Gacep), promotora de Justiça Isabel Adelaide Moura, ouviu o tenente da Polícia Militar, Fagner Castro Santos, que, supostamente, desferiu os tiros que mataram o perito.