(Por Marivaldo Filho)
  
  O presidente do Bloco Traz a Massa, Aurelino Nabuco, na sessão especial sobre a modificação do Circuito do Carnaval, realizada na tarde desta terça-feira (29), na Câmara Municipal, apontou problemas principalmente em relação à segurança no projeto aprovado pelo Conselho Municipal do Carnaval no dia 16 de junho.

   
  Nem a Rua Chile nem a Praça Municipal, de acordo com Nabuco, têm condições de ser os locais de parada dos trios, levando em conta o tamanho e o peso dos automóveis. "Se tiver chovendo não existe maneira de parar na Rua Chile. Já a Praça Municipal, não terá chance de comportar o número de trios", afirmou.

  
    Os prejuízos dos que já se anteciparam na programação do Carnaval de 2010 também foram ressaltados na Câmara Municipal. Os maiores danos, de acordo com o dono do bloco, foram sofridos pelas pessoas que já compraram o circuito completo e não aceitam a redução do trajeto, além dos comerciantes que já pagaram pontos comerciais para o ano que vem na avenida Carlos Gomes e os patrocinadores que estão pretendendo reduzir o patrocínio com a diminuição do percurso.

   
   PREJUIZOS

   "A prefeitura vai pagar esse prejuízo? Esse projeto é até bom, mas para o ano de 2011. Recomendo a criação de uma comissão para solucionar alguns detalhes para que no ano seguinte a idéia seja implantada sem problemas", declarou Nabuco.

     Autor da iniciativa da sessão especial, o vereador Alcindo Anunciação (PSL), questionou a legitimidade da aprovação do projeto pelo Conselho Municipal do Carnaval. "Achei estranho quando me disseram que a decisão do Conselho já estava tomada e que nem o prefeito da cidade teria poder para mudá-la", apontou.

      A reorganização do Circuito Osmar e a utilização da Avenida Carlos Gomes como uma área de manifestações populares foram as principais metas do projeto destacadas pelo presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Cláudio Tinoco. A polêmica colocação de arquibancadas na Carlos Gomes foi totalmente descartada por Tinoco.

      Sobre a decisão que seria irrevogável do Conselho Municipal do Carnaval, o presidente garantiu a legitimidade e afirmou que é de incumbência do colegiado as decisões que dizem respeito a execução do Carnaval.