Na próxima sexta-feira (10), uma comissão coordenada pela diretora de Saúde, Cláudia Rodrigues, estará em Feira de Santana para avaliar tecnicamente a situação do HDPA. Outra reunião já ficou agendada em Salvador entre o prefeito Tarcízio Pimenta e o secretário Jorge Solla para avaliar o diagnóstico e definir uma posição em torno do pleito.
Durante a reunião, o prefeito esteve acompanhado do secretário de Saúde, João Carlos Cavalcante, diretor da Santa Casa de Misericórdia, Outran Borges, deputada estadual Eliana Boaventura e deputado estadual José Neto, que viabilizou o encontro.
Para manutenção dos serviços públicos de atendimento à população, a Prefeitura de Feira de Santana já contribui com cerca de R$ 100 mil mensais e mais a manutenção de sete médicos. A proposta é para que a verba suplementar seja garantida por pelo menos seis meses.
O diretor da Santa Casa de Misericórdia, Outran Borges, informou que a entidade não dispõe de recursos suficientes para manutenção de alguns departamentos e que a reativação do setor de emergência se torna inviável por falta de caixa.
Durante a reunião, o deputado Zé Neto expôs a necessidade de combinar as ações entre o Estado e o Município para que haja condições efetivas de estruturar e qualificar a saúde de Feira de Santana, em especial no atendimento prestado pelo HDPA. "Vamos combinar as ações no mais rápido possível para que o Dom Pedro seja qualificado a nível de atendimento geral, principalmente no serviço de cardiologia e no atendimento de urgência e emergência", explicou.
Zé Neto também destacou a construção de três Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), conhecidas como pronto-socorro em Feira de Santana e a busca de ambulâncias para o município, adquiridas pelo convênio entre o governo estadual e a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), sendo 90% do equipamento financiado pelo governo e o restante pago pela prefeitura, em 36 meses.
O secretário Jorge Solla sugeriu a realização de contratos emergenciais entre a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e a Prefeitura de Feira de Santana. Os contratos terão duração de seis meses até que o credenciamento de alguns serviços oferecidos pela Santa Casa seja realizado pelo Ministério da Saúde, junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a ampliação do funcionamento da emergência geral no Dom Pedro de Alcântara, o atendimento no Hospital Geral Clériston Andrade será desafogado. Outro setor que deve ser beneficiado na Santa Casa é o serviço de cardiologia, que tem como requisito para ser autorizado e pago pelo SUS a ampliação da emergência. A urbanização do entorno do Hospital Geral Clériston Andrade e do Hospital da Criança, que esta em construção, também foi discutida na reunião.
Ainda na reunião, Solla informou que será entregue um novo centro cirúrgico no Hospital Clériston Andrade, que vai passar de três para dez salas de cirurgia. "Vai ser o maior centro cirúrgico do interior, com a mesma capacidade de Salvador", disse.