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Cenário com casa de taipa, pote, ramos de ouricouri e máquina de costura do São João de Teco
Foto: BJÁ
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Poema de São João.
Acordei cedo abri a porta, desci as escadas quase cai no saco vazio de carvão ali esquecido por mim mesmo vi o cenário após festa, bandeirolas ao chão, copos descartáveis largados por toda parte, palhas e frechas de sisal largadas lado a lado ai segui para a casa de taipa com muita chuva ali tudo mim marcou o cacho de ouricuri não estava mais na janela ele caiu com a força do vento e ficou ainda mais bonito, as sacas de feijão, milho, farinha arroz e ouricuri seco estavam lá do mesmo jeito o fogão que não acendeu, acendia a minha esperança o espelho o pente também mais a escova não estava mais no lugar ela se escondia por traz do espelho.
O pote não tinha água, mais chovia a panela de barro estava vazia o candeeiro apagado o cordel esquecido o balaio no canto e vazio a casa molhava onde a luz não devia ser instalada a casa chorava com gotas de saudades deste São João, aproximei-me da janela e vi o ouricuri no chão, a cana não sumiu, a fruta de mandacaru improvisada ainda resistia linda a arapuca acuada por trás das folhas lá cansadas já começam a murchar, a macambira cresceu a incho estava vazia, a fogueira podia ser queimada e chorei de novo, virou rotina espero que você chore de saudades do mais belo São João de porta de casa de Serrinha.
A, esqueci o chapéu pequenino no Chão estava caído junto A palmeira chorava com gotas De saudades chorava uma Flor artificial você duvida Venha ver.
(Arielho dos Santos Carvalho, Teco, Serrinha, Bahia)