vide
O mundo comemora em 5 de junho o Dia Internacional do Meio Ambiente e da Ecologia, momento de reflexão para todos que ainda insistem em maltratar o planeta com a catástrofe do aquecimento global.
Em Salvador, entre as atividades programadas para a "semana do meio ambiente", destaca-se
a 1ª Caminhada em Defesa da Vida, Contra o Aquecimento Global, que sai às 17h do Clube Espanhol (Ondina) em direção ao Farol da Barra, onde acontece a apresentação da Filarmônica da Lyra Ceciliana de Cachoeira, com 20 músicos e repertório da cultura regional e forró.
O evento, que tem o apoio da Prefeitura de Salvador, Brasilgás Petrobras, Renova Energia, Construtora Kirimure, Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) e Instituto do Meio Ambiente (IMA), iniciou campanha de divulgação na rede escolar - pública e particular - assim nas universidades e entidades que atuam na defesa do meio ambiente.
PROPAGANDA
Um grupo de estudantes estará nas praias do Farol da Barra, Ondina e Porto da Barra neste primeiro final de semana com sol anunciado pela meteorologia distribuindo panfletos e cartazes convidando para a caminhada. A M2Mídia, que promove a
1ª Caminhada em Defesa da Vida, Contra o Aquecimento Global, distribuirá na área do Clube Espanhol 500 camisas e 500 bandanas (lenço para o cabelo) e água mineral. O encerramento terá seu ponto alto com a apresentação da Filarmônica de Cachoeira, entidade fundada em 1870 pelo maestro abolicionista Manoel Tranqüilo Bastos, que foi parceiro do poeta abolicionista Castro Alves.
Todas as providências para a realização do evento já foram tomadas, em especial a segurança para o público que vai participar e o ordenamento do trânsito na área.
CIENTISTAS FAZEM
ADVERTÊNCIA
Segundo dados do Greenpeace, a temperatura média da Terra gira em torno de 15º C e isso ocorre porque existem naturalmente gases, como o dióxido de carbono, o metano e o vapor d'água na atmosfera, que formam uma camada que aprisiona parte do calor do Sol. Sem a ação desses gases, a Terra seria um ambiente gelado, com temperatura média de -17º C. Esse fenômeno é o que se convencionou chamar de
efeito estufa. Não fosse por ele, a vida na Terra não teria tanta diversidade.
Só que desde a revolução industrial começamos a usar intensivamente o carbono estocado durante milhões de anos em forma de carvão mineral, petróleo e gás natural, para gerar energia, para as indústrias e para os veículos.
As florestas, grandes depósitos de carbono, começaram a ser destruídas e queimadas cada vez mais rápido. Essa ação devastadora do homem fez com que imensas quantidades de dióxido de carbono, metano e outros gases começassem a ser despejadas na atmosfera, tornando a camada que retém o calor mais espessa. Isso intensifica o efeito estufa e é o que faz nosso planeta dar sinais de "febre".
Cientistas e ambientalistas não tem dúvidas quando afirmam que o aquecimento do planeta é o maior desafio ambiental do século 21.
Somente no último século, a temperatura da Terra aumentou em 0,7º C. Parece pouco, mas esse aquecimento já está alterando o clima em todo o planeta. As grandes massas de gelo começam a derreter, aumentando o nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as zonas costeiras.
Furacões, tufões e ciclones ficam mais intensos e destrutivos. Temperaturas mínimas ficam mais altas, enxurradas e secas mais fortes e regiões com escassez de água, como o semi-árido, viram desertos.
Para se ter uma ideia, os cientistas identificam 3
50 partes por milhão (ppm) como o grau máximo de carbono na atmosfera, mas o nível atual de concentração já alcança 381 ppm, enquanto no período pré-industrial era de 278 ppm. Assim, é preciso o engajamento de todos nessa luta, em especial os países que mais poluem no mundo (China, EUA e Rússia)