Parece brincadeira. Mas, não é.

  A Prefeitura está reabrindo trechos da obra de reurbanização da Avenida Centenário, pela segunda vez este ano, para colocar 40 manilhas de um metro de diâmetro, para evitar novos alagamentos nas áreas adjacentes ao Shopping Barra e Roça da Sabina, no início da Centenário.

  Para uma obra que custou aos cofres da União R$28 milhões e foi inaugurada a toque de caixa no final de setembro último visando o pleito eleitoral em Salvador, no segundo turno, remendos dessa natureza (o primeiro aconteceu recentemente com a ampliação dos bueiros para permitir melhor escoamento das águas das chuvas) são incompreensíveis, até porque a obra foi feita pela OAS, empresa com grande experiência no ramo.

  Os operários que estavam trabalhando neste sábado no canteiro próximo ao Supermercado Bom Preço, no Chame-Chame, não sabiam informar nada. Salvo que estavam alí para cavar o local e "depois vem alguém para colocar os manilhões", disse um deles.

  Se uma obra dessa natureza numa via com grande visibilidade acontece uma situação dessas imagine-se o que não está ocorrendo nos bairros periféricos da cidade.

  Hoje, quem andou na pista de cooper da Centenário não escondeu a irritação. Para James Batista, morador do Parque São Paulo, trata-se de um descaso com o dinheiro público que a Câmara de Vereadores de Salvador deveria investigar.