Salvador

POLÍCIA DE MINAS PRENDE MAIOR QUADRILHA ASSALTANTES DE BANCOS DO PAÍS

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| 17/02/2009 às 13:09
Assaltantes possuiam uma metralhadora que custava R$280 mil
Foto: Foto: Div
A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta terça-feira seis suspeitos de integrar a quadrilha de roubo a bancos e carros fortes considerada a maior do País. De acordo com as investigações, um dos últimos assaltos do bando aconteceu no dia 9 de fevereiro, em Nova Mutum, em Mato Grosso.


Durante a Operação Vandec III, a polícia apreendeu uma metralhadora antiaérea e antitanque marca Browing.50 com 170 munições.50. De acordo com o delegado Wanderson Gomes da Silva, o suspeito João Ferreira Lima, o João de Goiânia, confessou ter trazido a arma do Paraguai. Ele foi preso no último domingo.


"Ele disse que pagou R$ 280 mil pela metralhadora, que é usada pelas forças armadas de todo o mundo, e tem capacidade de alcance de até 7 km e pode derrubar até um avião caça, bastando o atirador ter boa pontaria", explica.


"Comprar arma no Paraguai é igual comprar mandioca no Brasil", disse João de Goiânia ao explicar como comprou a metralhadora. Ele e Gilmar Vilarindo de Moura, o Alemão, eram os dois suspeitos mais procurados do País, segundo o delegado Wanderson Gomes. Nos assaltos, de acordo com a polícia, o grupo utilizava, além da metralhadora .50, fuzis AK 47, AR-15 e explosivos.


VINTE POLICIAIS

Além da arma, foram apreendidos um veículo van Crhysler blindado, vários celulares, giroflex usados em viaturas da polícia, cinco toucas ninja e R$ 8 mil em dinheiro. Vinte policiais participaram da operação. Promotores do Ministério Público de Minas também ajudaram nas investigações, que duraram cerca de dois anos.


A operação recebeu o nome do policial militar Vandec Costa da Silva, morto pela quadrilha no roubo ocorrido na cidade de São Gotardo, em 2007.

Na primeira fase da ação, em fevereiro do mesmo ano, sete suspeitos de participação nos assaltos a bancos nas cidades de São Gotardo, Tiros, Brasilândia de Minas e São Sebastião do Maranhão foram presos.


Em novembro do ano passado, horas depois de os criminosos levarem R$ 1,25 milhão, em dinheiro, de um carro forte, em Varginha, outros cinco suspeitos foram identificados e presos por participarem da ação.


A quadrilha também confessou roubos a carros fortes nas cidades de Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Itaúna, Sacramento, Vila Velha (ES) e Maringá (PR). Também foram confirmados os roubos a bancos nas cidades de Frutal, Ibiá, Belo Horizonte e Criciúma (PR).
 

Todos os suspeitos responderão por formação de quadrilha, porte ilegal de armas exclusivas das forças armadas, roubos a banco e carros fortes, seqüestros, latrocínio, invasão de delegacias e quartéis, além de roubo de armas.