As embarcações serão levadas para a Barra a partir das 8h desta quarta-feira, 31. Elas foram rebocadas por dois batedores da Marinha na terça-feira, 30, quando saíram do estaleiro de Belov, em Mapele, e foram encaminhadas à Capitania dos Portos, e na Bahia Marina, onde passaram a noite e de onde saem na manhã desta quarta.
Os fogos e as áreas de detonação foram vistoriados desde a última segunda-feira por Polícia Técnica, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Capitania dos Portos. Os mesmos órgãos voltam a inspecionar os equipamentos na terça, após montagem nos locais. O mesmo será feito nos oito bairros e três ilhas municipais onde também acontece a queima de fogos, porém em menor porte.
NOS BAIRROS
Enquanto na Barra serão gastas 18 toneladas de artefato pirotécnico, outras 12 toneladas vão ser divididas entre as demais localidades. São elas: Boa Viagem, Plataforma, Periperi, Ribeira, Cajazeiras, Amaralina, Jardim de Alah, Itapuã, além das ilhas dos Frades, de Bom Jesus e de Maré. Nestes pontos, o show luminoso vai durar cinco minutos.
"A gente sempre tenta incrementar a festa, proporcionando o melhor possível para a cidade", afirma Luciano Sotelino, diretor de eventos da Emtursa, organizadora do Réveillon na Barra e bairros. A queima dos fogos está sendo produzida pela mesma empresa licitada no ano passado, a Bahia Pirotecnia.
O diferencial este ano é uma balsa de fogos a mais na Barra, que serão detonados pelo diretor da Bahia Pirotecnia, Adriano Ribeiro. Posicionado na Avenida Oceânica, ele irá acionar o dispositivo, via onda de rádio, que detona as três balsas, começando pela de maior porte, que fica entre o Cristo e o Farol, cerca de 20 segundos depois, no máximo.
Entre os artefatos, alguns de origem chinesa e outros produzidos em Minas Gerais, estão morteiros e candelas. "O show luminoso acontece simultâneo nas três balsas. Vão mudando apenas o efeito e a cor, a depender do tipo dos fogos", explica Ribeiro. Segundo ele, o equipamento de detonação, chamado Fire Master 2, é italiano.
De acordo com a chefe do setor de análise e risco da Defesa Civil, Rita Moraes, a queima de fogos não oferece risco à população que vai aos festejos de Réveillon, uma vez que os materiais são previamente inspecionados e respondem às normas oficiais de segurança. Na Barra, as barcas ficam a 300 metros da costa.
Nos demais bairros, a distância dos kits pirotécnicos para o público e os imóveis varia entre 50 e 100 metros, que é o raio mínimo recomendado. Em casos de postos de gasolina, escolas e igrejas, a distância deve aumentar para 300 metros. "Toda área será isolada e sinalizada", informa Rita Moraes.
Um engenheiro da Defesa Civil ficará de plantão na Barra, assim como uma equipe do Corpo de Bombeiros. Em cada um dos outros bairros, haverá dois técnicos da empresa fornecedora dos fogos, que são treinados para atuar também como brigadistas de incêndio. Eles vão ficar responsáveis pela montagem, execução, limpeza e retirada dos artefatos pirotécnicos.