A rebelião de presos na Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, terminou na tarde desta segunda-feira (8). O coronel Francisco Leite, superintendente de Assuntos Penais da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, afirmou que os dois agentes penitenciários mantidos reféns pelos detentos foram libertados sem ferimentos.

Além dos agentes, pelo menos 180 familiares de presos que estavam no local também deixaram a penitenciária. Eles visitavam os parentes quando a rebelião teve início, na tarde de domingo (7).

De acordo com o coronel, o motim foi encerrado depois que representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário da Bahia se comprometeram a analisar o processo de 12 presos que haviam sido transferidos da penitenciária. Segundo a polícia, a rebelião ocorreu em protesto pela transferência desses detentos.

MOTIM

O motim teve início no domingo (7) e tinha como principal reivindicação o retorno de 12 presos que foram removidos para a Unidade Especial Disciplinar.

Apesar de não ter havido avanço no primeiro dia de negociações, logo na manhã desta segunda, o diálogo com os presos foram retomados e avançaram muito já no início da tarde, quando os dois agentes penitenciários feitos reféns foram libertados, passaram por avaliação médica e estão bem.

Por volta das 14h30, os 179 familiares dos presos do módulo II da Penitenciária Lemos Brito foram liberados e também passam bem.

A rebelião durou pouco mais de 24 horas e, inicialmente, os presos mantinham 02 agentes penitenciários reféns e outras 294 pessoas entre parentes e amigos dos detentos no local.

Os visitantes não foram considerados reféns, pois se recusaram a deixar a PLB quando souberam do início da rebelião, em solidariedade aos presos.

Após as negociações, o judiciário assegurou aos presos que irá realizar uma análise cuidadosa de cada processo.