"Fui pedir ajuda. Não tinha a intenção de matar. Eu trabalhei com ele oito anos. Conheço a casa dele, o esquema de segurança, sei que tem câmeras para tudo quanto é lado. Se tivesse a intenção de matar, jamais iria à casa dele", disse Costa a jornalistas, na sede da chefia de Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Costa se entregou espontaneamente no início desta noite após ter a prisão decretada pela Justiça. Em entrevista, o suspeito afirmou que sempre pedira ajuda diretamente a Sendas. Na noite de domingo, no entanto, o empresário teria reagido com irritação. "Sempre fui lá, sempre falei com ele. Dessa vez, ele teve comportamento completamente diferente. Perguntou o que eu estava fazendo na casa dele àquela hora", disse.
O empresário foi baleado na cabeça e não resistiu ao ferimento. Segundo a delegada-adjunta da 14ª Delegacia de Polícia (Leblon) Bianca Araújo, que pediu a prisão temporária, o suspeito teria mentido para conseguir entrar no prédio de Sendas por volta de 0h. "Ele disse que o pai havia sofrido um acidente, mas o próprio pai já veio à delegacia e desmentiu", disse.
De acordo com policiais, Arthur Sendas, 73 anos, estava em casa com a mulher, a filha e três funcionários quando ocorreu o crime. O empresário, dono de mais de 80 supermercados no Estado do Rio de Janeiro, morreu às 2h35 no hospital.
(O DIA)