Os Estados onde ocorre a operação são São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Paraíba, Goiás, Rio Grande do Norte, Pará, Bahia, Ceará e Sergipe e no Distrito Federal.
De acordo com a Polícia Federal, o Estado onde a operação se concentra é São Paulo, com 50 mandados de prisão. A Superintendência da PF no Estado informou que 22 mandados devem ser cumpridos na capital e 28, no interior. Em seguida, vêm o Rio Grande do Sul, com 16 mandados, e o Paraná, com oito mandados.
A ação converge com os trabalhos da CPI da Pedofilia, instaurada no Senado Federal em março, para investigar o assunto. A apuração da Polícia Federal contou com o apoio da Interpol no Brasil.
Os policiais promoverão a apreensão de computadores, discos rígidos, pen drives, cartões de memória, CDs, DVDs e todo material que possa estar, direta ou indiretamente, associado à prática de pedofilia.
As investigações da operação Carrossel I já identificaram aproximadamente 200 supostos pedófilos em mais de 70 países. Na Holanda foram identificados cerca de 100 suspeitos.
Em Israel e na Grécia, os investigadores mapearam, respectivamente, 30 e 22 pessoas envolvidas com pornografia infantil. A Polícia Federal e a Interpol têm mantido contato com as autoridades policiais desses países para auxiliar na prisão dos criminosos.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é crime apresentar, produzir, vender, fornecer, publicar ou divulgar fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente por qualquer meio de comunicação, inclusive a rede mundial de computadores.
A lei prevê pena de até seis anos de prisão e multa. O material apreendido será analisado pelos peritos para comprovação da prática do crime.
A primeira fase da Operação Carrossel foi deflagrada em 20 de dezembro de 2007. Na ocasião, foram cumpridos 102 mandados de busca e apreensão e houve três prisões em flagrante.