Salvador

SEMANA SANTA: PROCISSÃO FOGARÉU REÚNE CENTENAS DE PESSOAS EM SERRINHA

Acontece nas noites de quinta-feira santa
| 21/03/2008 às 08:21
Momento de passagem da cruz penitencial em frente da igreja matriz, Pça Luis Nogueira (Foto/BJ)
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  Centenas de pessoas participaram na noite da última quinta-feira, 21, em Serrinha (180 km de Salvador na região Nordeste) da tradicional Procissão do Fogaréu uma manifestação religiosa que data de 1932 e representa a peregrinação de Jesus antes do seu calvário.

   O ato solene foi presidido pelo bispo local, dom Otorrino Scolari, e reuniu no trajeto que vai da Catedral Basílica até o Morro de Senhora Santana, homens, mulheres e crianças conduzindo tochas e a cruz penitencial, símbolo do martírio do senhor. Os cânticos em louvor aos santos foram entoados por Manuel Paes Nunes mantendo uma tradição familiar de anos.

   O cortejo saiu da catedral por volta das 20 horas, seguiu pela rua Jonas Hortélio, parou para uma encenação teatral em frente a Igreja Matriz, na Praça Luiz Nogueira, onde houve uma pré-apresentação teatral, seguiu pela Rua Antonio Rodrigues Nogueira até atingir o Morro de Senhora Santana onde se situa uma imagem desta santa.

   Na colina de Santana aconteceu uma apresentação teatral e depois o cortejo retornou à catedral já por volta das 11 horas da noite. Presente à solenidade a atual prefeita de Serrinha, Tânia Lomes, vereadores, o presidente da Câmara de Vereadores, Ernesto Ferreira, entre outras autoridades locais.

   PROCISSÃO
   DO
   FOGARÉU

   A Procissão do Fogaréu de Serrinha foi introduzida na cidade pelo então padre Carlos Olímpio Ribeiro, no início da década de 1930, e ao longo dos anos vem sofrendo algumas modificações naturais no mundo católico. Até a década de 1970 só podiam participar da procissão homens conduzindo tochas, mas, desde os anos 1980 que houve uma abertura da igreja permitindo também a presença e participação de mulheres.

   A procissão também sofreu alterações no seu trajeto original, ainda asssim, nos dias atuais, mantém a tradição apesar de ter excluido a presença de ruralistas devido ao horário em que vem sendo realizada.