Salvador

TRABALHADORES DOS PARQUES DE PITUAÇU E ABAETÉ QUEREM SEUS SALÁRIOS

Que fina ironia dessa empresa
| 08/02/2008 às 20:04

Trabalhadores dos parques de Pituaçu e Abaeté exigem pagamento de salários atrasados.
 
Neste sábado, 9, a partir das 6 horas, cerca de 80 trabalhadores da Teclimp Prestadora de Serviços que atuam de forma terceirizada nos Parques do Abaeté e de Pituaçu realizam manifestações e decidem se deflagram greve pelo recebimento de dois meses de salários atrasados, além dos tíquetes refeição e vales-transporte, conforme informou a diretoria do Sindilimp-BA (Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia).
 
"É uma triste ironia uma empresa que tem em sua página na internet lemas ecológicos tratar os trabalhadores com descaso. Na página da Teclimp está escrito que ‘toda planta é um ser vivo e como tal, cresce, se alimenta e morre. Daí a importância de realizarmos a manutenção periódica nos jardins, que pode ser diária, semanal, quinzenal, mensal, bimestral ou anual, dependendo das plantas utilizadas e praticar atividades necessárias na manutenção como irrigação, poda, corte das folhas amarelas, controle fotosanitário (pragas), adubação e substituição de plantas'. Por que tratar trabalhadores, seres humanos, com menor cuidado que o dado às plantas?", questionou Carlos Araújo, diretor do Sindilimp-BA.

  SEM MANUTENÇÃO

Os dois parques que podem ficar sem manutenção, limpeza e conservação são dois símbolos, cartões postais da cidade de Salvador. Criado por decreto estadual em 1973, o parque de Pituaçu ocupa uma área de 450 hectares e é considerado um dos raros parques ecológicos brasileiros situados em área urbana. Possui um cinturão de Mata Atlântica com diversidade de fauna e flora.

No parque também existe uma lagoa, criada artificialmente em 1906, com a construção da barragem do rio Pituaçu, para o abastecimento de Salvador. Lá encontram-se diversas opções esportivas e de lazer. Ele fica entre a orla de Pituaçu e as avenidas Jorge Amado e Paralela. Um dos mais conhecidos cartões-postais da Bahia, a Lagoa do Abaeté, é o resultado do represamento de antigos rios que corriam na região e também da acumulação de água de chuva. A profundidade máxima é de 5 metros, com diferentes níveis de temperatura que não se misturam.

O Abaeté compreende mais de 12 mil m² de área alagada e 255 hectares de área urbanizada. São mais de 12 mil metros quadrados de preservação que transformam o espaço num grande espaço ecológico.