Como aconteceu na outra greve, o religioso está disposto a levar o que chama de "doação da vida pela vida do rio e do povo" até o fim. Ele diz que o acordo feito entre Governo e Sociedade Civil foi "profícuo enquanto durou, mas logo depois foi interrompido" não tendo inclusive, nenhuma sensibilização diante das inúmeras mobilizações da sociedade brasileira, em especial, dos movimentos sociais.
Vale recordar que, na primeira greve, o intermediário das negociações do governo foi o então ministro Jaques Wagner, atual governador da Bahia. Agora, a missão caberá a outro baiano, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, Ministério responsável pela grande obra.
D. Cappio acredita que com a greve de fome e as orações possa sensibilizar o governo e interromper de vez as obras de transposição que pretendem levar água do Rio São Francisco às populações dos Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e
Rio Grande do Norte, através da construção de dois canais, hoje em obras nos eixos Norte e Leste.
Certamente, como aconteceu na greve de fome anterior, o bispo contará com a solidariedade da igreja da Bahia, através do seu cardeal Geraldo Majella e de representantes das comunidades ribeirinhas.