O professor de Urbanismo e arquiteto, Armando Branco, na sua explanação, apresentou estatísticas, estudos e perspectivas dos maiores problemas encontrados nos bairros. Para ele, as concentrações de renda e de população são importantes para resolver o problema da mobilidade em Salvador.
´´Vivemos em um estado urbanístico paralelo que nos leva a um cenário social preocupante. Vale a pena discutir um Plano Diretor que a cidade não conhece?´´, questionou Branco sem apresentar uma diretriz.
Cristina Seixas, promotora do Ministério Público, concordou com o urbanista, reclamou do regime de urgência imposto pelo Executivo e argumentou a favor de um projeto mais inclusivo.
´´Esse PDDU é exclusivo. Não é possível que todos os estudiosos estejam errados ao enviar pareceres contrários a esse projeto. Só a Seplan não percebeu?´´, argumentou.
Já o representante da Seplan, Fernando Teixeira, ressaltou a dificuldade de recursos e de mobilizar a população. ´´O posicionamento da prefeitura é de que o projeto é passível de reformas e cabe a Casa aprovar ou não depois de um longo período de debates, disse Teixeira.
Segundo a representante da Secretaria de Transportes, Lílian Santana, o PDDU jamais foi tão discutido. ´´ Concordo que o Plano pode ser ajustado e aperfeiçoado pois será de grande importância para a cidade´´, falou.
Essa foi a audiência com mais participação quantitativa da população. Para o morador de Brotas, Marco Antonio Farias, já ficou claro a ineficácia do projeto.´´ Esse PDDU não é o presente de natal que nós merecemos. Com esse Plano as desigualdades só aumentarão. Eu já não tenho nada e vou ficar ainda mais podre´´, ironizou.