O gabinete do presidente da França, Emmanuel Macron, minimizou nesta segunda-feira, 26, as imagens que viralizaram nas redes sociais em que sua esposa aparece empurrando o rosto do presidente francês. O caso ocorreu na chegada do avião do líder francês ao Vietnã e ela teria dado um tapa no rosto dele. 

O vídeo foi captado pela agência Associated Press logo que a porta do avião presidencial se abre para o desembarque em Hanói, no domingo, 25, à noite.

Macron aparece de perfil, aparentemente discutindo com alguém. Ele é surpreendido por um empurrão no rosto. Depois, é possível ver que a esposa aparece na imagem.

Na gravação, o presidente se vira rapidamente, faz um aceno para a imprensa que o aguardava na saída da aeronave e desce as escadas.

Ao descer, o presidente estende o braço para sua mulher, como costuma fazer, mas ela não corresponde e se apoia no corrimão. As imagens rapidamente se espalharam pela internet e geraram inúmeros comentários.

Inicialmente, o Palácio do Eliseu negou a veracidade do vídeo, mas depois confirmou. Um colaborador classificou o episódio como uma 'discussão inofensiva de casal' e negou qualquer desentendimento sério.

Outra fonte próxima ao casal reforçou que os dois estavam apenas brincando antes do início da viagem e descreveu a situação como um momento de cumplicidade entre eles.

EL PAÍS

O presidente francês Emmanuel Macron ainda está no avião, que acaba de pousar no Aeroporto de Hanói (Vietnã), onde se prepara para iniciar sua viagem à Ásia. No momento em que as portas se abrem e a equipe de solo está prestes a facilitar a saída do chefe de Estado francês pelos degraus presos ao avião, os dois braços de sua esposa, Brigitte Macron, aparecem na cena, fora de vista, e suas duas mãos tocam o rosto do chefe de Estado francês.

A gravação dá a impressão de uma agressão física, repreendendo-o por algo no meio de uma discussão. As imagens foram gravadas e transmitidas pela Associated Press (AP) na noite de domingo.

Macron recua um pouco, surpreso pela reação da esposa e perturbado pela rapidez do golpe. Mas ele rapidamente se vira para acenar para o lado de fora, onde percebe os comissários de bordo e a imprensa, que já registraram as imagens. O casal presidencial então desce as escadas; Macron estende o braço para a esposa para ajudá-la a descer, como costuma fazer, mas ela não aceita e prefere se segurar no corrimão da passarela.

As imagens rapidamente começaram a circular na internet e nas redes sociais. Principalmente nos relatos críticos ao presidente, que chegam aos milhares. Primeiro, houve uma negação do Palácio do Eliseu, alegando que eles eram falsos e também sugerindo que eles tinham sido criados usando um sistema de inteligência artificial vinculado a contas "russas". É claro que a princípio a cena também surpreendeu aqueles que estavam no círculo presidencial, que simplesmente tentaram convencer a todos de que aquilo não era real. Contudo, depois que a agência que os registrou verificou, os argumentos mudaram.

Inicialmente, segundo a "comitiva" do presidente, citada anonimamente pela AFP, tratava-se apenas de uma "disputa menor". A descrição da sequência foi então um pouco mais branda. "Foi um momento em que o presidente e sua esposa estavam relaxando antes da viagem, brincando juntos (...). Foi um momento de cumplicidade. Nada mais foi necessário para alimentar teorias da conspiração", explicou um membro da comitiva presidencial aos repórteres que acompanham o presidente em sua viagem pelo Sudeste Asiático, que continuará na Indonésia e em Cingapura.

O próprio Macron explicou as coisas algumas horas depois, afirmando que as imagens, que já haviam sido vistas por meio mundo, faziam parte de um momento de descontração entre o casal. "Minha esposa e eu estávamos brincando, como fazemos com frequência... Há três semanas, as pessoas veem vídeos e acham que compartilhei um pacote de cocaína, que tive um encontro a sós com um presidente turco e que estou tendo uma cena de ciúmes com minha esposa. Nada disso é verdade... então é melhor que se acalmem", disse o presidente francês a repórteres em Hanói.

Macron estava se referindo à controvérsia que surgiu durante sua recente viagem de trem para Kiev com o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro britânico Kerry Starmer. Em imagens divulgadas por agências de notícias, foi possível ver um pedaço de papel branco sobre a mesa, que muitas contas nas redes sociais afirmaram ser, na verdade, um saco de cocaína. O Palácio do Eliseu, também na ocasião, desmentiu a informação e a vinculou à Rússia.