Política

SESSÃO ESPECIAL NA ALBA CELEBRA OS 100 ANOS DE MÃE STELLA DE OXÓSSI

A pedido das deputadas Fabíola Mansur (PSB) e Olívia Santana (PC do B) a Assembleia Legislativa da Bahia vai celebrar o centenário com uma sessão especial que será realizada na próxima quinta-feira, 22 de maio, às 15h, no Plenário
OS ,  Salvador | 20/05/2025 às 10:08
Centenário da Mãe Stella
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A pedido das deputadas Fabíola Mansur (PSB) e Olívia Santana (PC do B) a Assembleia Legislativa da Bahia vai celebrar o centenário de nascimento de Mãe Stella de Oxóssi com uma sessão especial que será realizada na próxima quinta-feira, dia 22 de maio, às 15h, no Plenário da Casa.

Uma das maiores Ialorixás do Brasil, reconhecida nacional e internacionalmente, a Alba se junta às diversas comemorações e atividades em homenagem ao centenário de nascimento de Mãe Stella que estão sendo realizadas no Ilê Axé Opô Afonjá e em diversos cantos da Bahia.

Mãe Stella liderou durante 42 anos como Ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá. “Uma força da ancestralidade, Mãe Stella de Oxóssi não foi apenas mãe de santo, foi uma mulher de muita coragem, uma dama da dignidade, da resistência e do conhecimento. Seu legado religioso e intelectual são eternos, segue vivo e pulsante como símbolo de resistência, sabedoria e ancestralidade viva”, afirmou a deputada Fabíola Mansur.

Imortal pela Academia de Letras da Bahia, enfermeira de profissão, intelectual e sacerdotisa da nossa terra, Mãe Stella de Oxóssi nasceu em Salvador, no dia 02 de maio de 1925.

O Ilê Axé Opó Afonjá foi fundado em 1910 pela Mãe Aninha. Mãe Stella assumiu o posto em 1976, como sucessora de Mãe Ondina e se notabilizou como referência na luta contra a intolerância religiosa e o racismo.

Mãe Stella de Oxóssi também se destacou como pesquisadora e escritora e foi uma grande defensora da educação. Em 1978, fundou a escola Eugênia Ana dos Santos, única no país a funcionar dentro de um terreiro de candomblé e que atualmente faz parte da rede municipal de ensino de Salvador. A escola se firmou como referência no ensino da história e cultura afro-brasileira, antes mesmo da lei federal de 2003, que tornou obrigatória a inclusão do tema na matriz curricular de escolas públicas e privadas.

Mãe Stella de Oxóssi dedicou sua vida à preservação das tradições afro-brasileiras, à luta contra o racismo religioso e à valorização da cultura de matriz africana.