Política

WAGNER REBATE NETO E DIZ QUE SE DESQUALIFICA AO FALAR MAL DE JERÔNIMO

Com Metrópole informações
Tasso Franco , Salvador | 18/05/2024 às 10:11
Jaques Wagner
Foto: Isabela Carbacho
  Em resposta às críticas que o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) fez ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) nesta semana, o senador Jaques Wagner (PT) disse que o político se "desqualifica" ao fazer esses comentários, já que perdeu as eleições para governo do estado para o atual mandatário baiano. A declaração foi feita em entrevista à Rádio Metropole nesta sexta-feira (17).

"O ex-prefeito fala que o governo Lula cheira a mofo. Qual a prática política moderna? É essa que ele falou de ameaçar aliado porque não podem pensar diferente dele? Essa prática é antiga e a Bahia não quer mais isso. É por isso que o resultado eleitoral tem mantido o nosso grupo, porque as pessoas sabem que a relação com a imprensa, prefeitos, classe política, com o povo mudou completamente", disse Wagner. "Ele fala mal de Jerônimo, ele está se desqualificando. Porque ele perdeu a eleição para ele. Então, se ele perdeu para uma pessoa que ele diz que não é bom, imagina se fosse bom, ele ia tomar uma surra", completou o parlamentar.

As falas de ACM Neto em crítica ao governo de Lula foram feitas em entrevista ao Jornal Correio na segunda-feira (13), quando, além de afirmar que o governo petista cheira a mofo, o ex-prefeito avaliou as gestões de Lula e de Jerônimo como ruins. ACM Neto chegou a dizer que o governador "não é um cara brilhante" e que tem "passeado pelo interior" do estado para "fugir dos problemas". Em resposta, na Rádio Metropole, Wagner disse estar tranquilo em relação às críticas, pois tem confiança no governo do presidente e do governador da Bahia.

O senador comentou ainda relação de ACM Neto com seus aliados e contestou a ideia de que o União Brasil, partido do ex-prefeito, não tem relação com o governo Lula. 

"[O partido] tem três ministros, o candidato [Elmar Nascimento] do União [à presidência da Câmara dos Deputados] quer evidentemente [apoio do governo federal]. Estou achando que é ciume, porque estão surgindo outras lideranças no União Brasil e ele é estilo antigo, que nem mandacaru, não dá sombra nem encosto. Veja a briga anterior com João Roma, porque João Roma assumiu ministério, deu briga, teve que sair do partido", pontuou.