Política

PATRULHA DA ESQUERDA MASSACRA JORNALISTA POR COMENTÁRIO SOBRE JANJA

da GloboNews foi acusada de “misógina” e recebeu resposta da presidente do PT Gleisi Hoffmann (Forum informações)
Tasso Franco , Salvador | 12/11/2022 às 18:47
Eliane Catanhêde
Foto: Reprodução do video
  

A jornalista Eliane Cantanhêde tem recebido duras críticas nas redes após fazer um comentário, na última sexta-feira (11), durante o programa “Em Pauta”, da GloboNews, considerado misógino a respeito do papel da socióloga Rosângela Silva, a Janja, esposa do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na transição.

Entre outras coisas, Cantanhêde afirmou que Janja não deveria preparar a posse e sim limitar seu papel ao quarto do casal.

“O presidente é o Lula, tudo tem limite, tudo que excede pode dar problema. Há um incômodo com o excesso de espaço que a Janja vem ocupando”, disse. “Ontem, por exemplo, quando o Lula fez aquele discurso em que ele chorou quando falou da fome, quando ele derrapou ao desqualificar a responsabilidade fiscal, ela tava ali sentada”.

“Mas ela não é presidente do PT, ela não é líder política, ela não é presidente de partido. Por que ela estava ali? Qual é o papel da primeira-dama? A gente tem vários exemplos de primeiras-damas, desde a ditadura militar, dona Yolanda Costa e Silva super maquiada, super artificial, você tinha a mulher do Geisel, que era super discreta, dona de casa”, continuou.

“Depois, você vai na redemocratização, quem se esqueceu da Rosane Collor jogando a aliança fora, fazendo confusão, todo dia tinha briga. Ou seja, isso não é bom. Eu acho que um bom exemplo de primeira-dama foi a Ruth Cardoso que, como a Janja, tinha um brilho próprio, era uma professora universitária, era uma mulher super respeitada na área dela, e cuidou da comunidade solidária”.

Cantanhêde afirmou ainda que o espaço que Janja vem ocupando pode fazer com que ela queira dar opinião em decisões do governo do marido: “Mas ela não tinha protagonismo, ela não tinha voz nas decisões políticas. Se tinha, era a quatro chaves dentro do quarto do casal. Ou seja, já incomoda sim, porque ela já começou a participar de reunião, já vai dar palpite, e daqui a pouco ela vai dizer ‘ah, esse pode ser ministro, esse aqui não pode’. Isso dá confusão. Se é assim na transição, imagina quando virar presidente”.