Política

FIASCO TOTAL NAS MANIFESTAÇÕES MBL/MVR NÃO ABALAM POLARIZAÇÃO LULA-JB

Muitos politicos nos palanques em SP e pouca gente nas ruas da Paulista e do Brasil
Tasso Franco , da redação em Salvador | 13/09/2021 às 09:59
Gatos pingados no Rio de Janeiro
Foto: REP
      O Movimento Brasil Livre (MBL) surgiu ao final de 2014 com a organização de manifestações em São Paulo e Rio Grande do Sul em apoio às investigações da Operação Lava Jato e por mais liberdade de imprensa. 

     Em 2016, uniu forças com as bancadas evangélica e ruralista do Congresso por uma agenda de Estado mínimo, reforma trabalhista, ajuste fiscal e redução da maioridade penal. Realizou frequentes protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff e ações políticas em todo país. O MBL declarou apoio a Bolsonaro durante o segundo turno das eleições de 2018 e passou a fazer oposição ao governo ainda em 2019.
   
     O Movimento Vem pra Rua também foi fundado no final de 2014 numa tentativa de organizar e captar pessoas em razão da crise política e econômica no país durante o Governo Dilma, tendo como alvo o próprio governo da ex-presidente e o combate à corrupção.
 
    As manifestações organizadas pelo MBL e MVR no último domingo revelaram um excesso de políticos no palanque paulistano - João Dória (PSDB), Ciro Gomes (PDT), João Amoedo (Novo), Luis Mandetta (DEM) - e poucas pessoas nas ruas. 

   Fora SP onde as estimativas foram de 6 mil pessoas na Av Paulista nos estados foi um fiasco total. Em Salvador, no Farol da Barra, agora ponto de concentração político da direita, apenas 60 pessoas contadas a dedo segundo o vereador Alexandre Aleluia (DEM).

   O objetivo inicial do MBL/MVR era tentar reunir as forças políticas da centro esquerda para promover grandes manifestações contra o governo Bolsonaro, em especial reforçando a tese do impeachment - como fizeram na época de Dilam, 2016 - mas, Lula e os partidos alinhados à esquerda (PCdoB, PSB, PCO, PSOL, Rede) disseram não e os protestos mudaram o foco e passaram a ser por: nem Lula; nem Bolsonaro, em busca de uma terceira via. 

    E o que se viu: Fiasco total. O MBL e o MVR perderam força mobilizatória e, consequentemente, força política uma vez que uma depende da outra. E, sem gente não há palanque forte e os politicos graduados que foram a Paulista ficaram falando para as estrelas.

   Durante o ato, Ciro Gomes afirmou que “a união no evento se deu pela preocupação do povo em parar a ameaça da morte da democracia”. O pedetista citou o aumento do desemprego e as mortes causadas pela Covid-19 como motivos para a necessidade de manifestações em defesa dos brasileiros.

  O governador Doria optou por falar das questões econômicas no país. Para ele, é difícil que o Brasil volte a ter um “nível aceitável de investimentos” com Bolsonaro no poder. “Somos um país isolado atualmente. O Brasil perdeu seus principais aliados, a China, a Argentina, a Alemanha, os Estados Unidos, agredindo os dirigentes públicos ao em vez de agregar. E também é um país esquecido”, afirmou.

  Amôedo, do Novo, afirmou que “quer as cores do Brasil de volta, que são as cores do Brasil, e não do Bolsonaro”. E Mandetta comentou sobre a pandemia da Covid.

  No balçanço geral dos eventos, MBL e MRV sairam menores, os politicos não amealharam 1 voto a mais do que já têm, e Lula e Bolsonaro não foram atingidos, nem sequer arranhados. (TF)