Política

DEPUTADO LAMENTA QUE VACINAÇÃO DE POLICIAIS SÓ OCORRE APÓS MORTE DE PM

Depois de ação judicial e morte de soldado Wesley, Governo anuncia vacinação de servidores da segurança
Tasso Franco , da redação em Salvador | 30/03/2021 às 18:27
Deputado estadual sd Prisco, da Aspra
Foto: BJÁ
   Depois de ação protocolada pela Associação dos Policiais Militares do Estado da Bahia (Aspra) e ação policial que resultou na morte do soldado Wesley, no domingo, na Barra, Governo do Estado anuncia vacinação para policiais federais, militares, civis, bombeiros e guardas municipais com mais de 50 anos de idade, a partir desta quinta-feira (1º). O deputado estadual soldado Prisco, coordenador geral da Aspra, criticou o anúncio que não reflete as reais necessidades dos militares.

"O aviso demonstra que o anúncio ocorreu de forma açodada, sem planejamento, para abafar o caso Wesley. Caso contrário, deveriam priorizar os policiais que estão na área e grupo de risco, conforme propõe a nossa ação judicial", disparou Prisco.

Conforme o parlamentar, a vacinação dos militares decorreu de decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) formada pelos municípios baianos e Estado da Bahia. “Isso demonstra que os estados e os municípios têm autonomia de modificar a ordem de vacinação, dentre os grupos prioritários estabelecida no plano nacional de vacinação. Demonstra que faltava era vontade política e de repente, com a morte do Soldado Wesley, a vontade política nasceu”, afirmou o parlamentar.

Segundo o descrito na ação judicial, as forças de segurança e salvamento estão previstas no Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, e são um dos grupos que mais se expõem aos riscos de contágio.

A peça processual também alerta para o alto índice de mortes por contaminação Covid entre PMs, superior inclusive aos dos profissionais da área da saúde. "Mais uma vitória que não veio à toa. Veio com luta e após perdermos um dos nossos, executado. Vamos continuar lutando", afirmou Prisco.