Política

COM GERAL DA PM DIZ QUE OPERAÇÃO PARA CONTER PM MORTO FOI NECESSÁRIA

Todos os esforços foram feitos para que o soldado se entregasse
Tasso Franco , da redação em Salvador | 29/03/2021 às 10:40
Comandante geral da PM Paulo Coutinho
Foto: REP
     Em coletiva à imprensa nesta segunda-feira, 29, o comandante geral da PM, coronel Paulo Coutinho, disse que a operação de contenção do soldado Wesley Góes, morto após efetuar disparos contra guarnições da PM durante um surto no último domingo, 28, na área externa do Farol da Barra,a em Salvador, foi "necessária".

   Afirmou que os policiais envolvidos só efetuaram os disparos quando tiveram suas vidas postas em risco pela ação do soldado Wesley. "Enquanto os disparos não estavam oferecendo riscos para a tropa e para as pessoas que circulavam, protegemos a integridade do soldado. Sempre temos esse cuidado, temos expertise de atender ocorrência dessa natureza. Foram utilizadas outras alternativas porém ele estava com uma arma de grande poder de letalidade e em determinado momento todos os recursos de isolamento e proteção foram esgotados", avaliou.

  Inquérito policial será instaurado para averiguar o desenrolar dos fatos durante a ação e os procedimentos adotados pela corporação na contenção do PM.

  "Ocorrências críticas possuem muitas motivações e só podem ser esclarecidas após a abertura do processo investigativo. Mas ali foi um típico caso de um individuo que estava passando por um transtorno mental e estava desconectado da realidade. As imagens falam por si só", disse.

  Sobre a possibilidade de uma nova greve na PM descartou. "Temos que deixar bem claro que a PM é bem maior do que isso. Estamos com o alto comando da corporação em funcionamento para servir e proteger o cidadão. Qualquer manifestação de ordem política não cabe nesse momento".

  O coronel informou também que a PM possui equipe de psicólogos para atender a tropa. “Temos uma equipe de psicólogos e fomos reforçados, recentemente, com 20 psicólogos clínicos para atendimento de policiais militares em todo o estado”. 

  O coronel Coutinho destacou ainda que a instituição está prestando todo o apoio à família de Wesley. “Um policial militar que não apresentava  problemas de comportamento, não deu sinais em qualquer momento de distúrbios, trabalhava em Itacaré, assumiu o serviço ontem [domingo, dia 28] pela manhã em Itacaré e dirigiu-se ao Farol da Barra, armado, pra fazer aquela situação que nós nos envolvemos como ocorrência crítica, no veículo dele próprio. Trouxemos, inclusive, uma irmã dele, no helicóptero da corporação, em uma tentativa de negociação para encerrar aquela situação”, revelou o comandante-geral.