Política

OTTO, LEAL E RUI SERIA A CHAPA PARA MANTER BASE GOVERNISTA UNIDA (TF)

Comentário do jornalista Tasso Franco
Tasso Franco , da redação em Salvador | 09/01/2021 às 10:29
Senador Otto Alencar
Foto:
   A base governista de Rui Costa ou melhor dizendo a base que sustenta politicamente o PT no governo da Bahia desde 1997 dá sinais de trincamento na disputa pela presidência da Assembleia para comandar a legislatura 2021/2022, o último ano (2022) eleitoral da majoritária.

  Há um acordo pré-estabelecido de que a presidência caberá ao PSD, do senador Otto Alencar, substituindo os dois anos do PP (atual presidente Nelson Leal), do vice-governador João Leão. Mas, o PP quer melar e se manter no poder até 2022 destronando o nome acordado Adolfo Meneses, do PSD. 

  Esse acordo, no entanto, foi ungido pelo governador Rui Costa, o qual já disse que não é político de descumprir acordos. Ainda assim, recado dado, o PP continua insubmisso, inicialmente apostava na reeleição de Nelson Leal e agora lançou o nome do deputado Niltinho, quadro novo e dinâmico do partido. 
   
   Óbvio que a sucessão de Leal passa por Rui, mas também já passou por Rui uma possível 6ª reeleição de Marcelo Nilo, o governador amoleceu e foram eleitos Angelo Coronel e Luis Augusto, numa dobradinha PSD e PP. 

   Então, se Rui amolecer de novo, Niltinho emplaca com o provável apoio da oposição - 17 votos - e provavelmente dar-se-á a fissura da base governista que foi costurada na época de Jaques Wagner.

  E isso é tudo que a oposição quer uma vez que seu provável candidato a governador, ACM Neto, está com sua 'tropa' política organizada e unida, elegeu seu sucessor na capital e o apontado candidato ao Senador, José Ronaldo de Carvalho, venceu o pleito em Feira de Santana.

   Em nossa opinião, a chapa ideal para enfrentar Neto seria Otto Alencar a governador (PSD), Nelson Leal (PP) a vice-governador e Rui Costa candidato a senador com João Leão (PP) governador durante 6 meses entre abril e dezembro de 2022 comandando o estado.

  Vocês hão de perguntar e como ficaria Jaques Wagner e até o ex-presidente Lula apontado por alguns segmentos petistas como candidato ao Senado pela Bahia?

   Ora, ficam integrados a campanha de Otto, o qual ja apoiou Wagner e Rui e agora chegou a sua vez de ser apoiado. Além disso, frise-se o senador Jaques Wagner tem mandato garantido até 2026 e já foi governador da Bahia por duas vezes.
 
  Quanto a Lula ninguém sabe se a Justiça Eleitoral vai permitir a sua candidatura a alguma coisa e se permitir o mais sensato é ele sair candidato a deputado federal por São Paulo. Lula, hoje, na política é o que se chama de 'pombo sujo' perdeu a credibilidade junto a população e não agrega mais as massas.

  Evidente que segmentos do PT querem uma candidatura Wagner a governador e o senador já colocou seu nome à disposição do partido. Mas, há um desgaste natural ao nome de Wagner junto ao eleitorado, sua influência nas últimas eleições municipais foi pequena, perdeu em todos os grandes colégios a exceção de Lauro de Freitas, portanto, é um nome forte, conhecido, porém desgastado.

  Otto Alencar seria um teste e embora seja um político antigo é também o novo pois nunca disputou uma eleição para governador e tem uma boa base no interior. Se juntar com o PP, e o nome de Leal seria o ideal na vice, somam na arrancada o apoio de mais de 200 prefeitos eleitos nas urnas de 2020. 

   E temos certeza que o PSB da deputada Lidice da Mata (a qual já se manifestou diante de um poossível racha da base governista) apoiará e o PCdoB também. 

   Essa é a nossa opinião. Lembrando, mais uma vez, que o governo Rui Costa ainda não acabou e o governador tem um papel importante nesse processo, de unir a Assembleia e garantir também seu futuro político.