Política

FEIRA: PESQUISA A TARDE/POTENCIAL REVELA CRESCIMENTO PREFEITO COLBERT

Eleição, hoje, polarizada entre pré-candidatos do governador Rui vs ex-prefeito Zé Ronaldo
Tasso Franco , da redação em Salvador | 10/09/2020 às 10:54
Zé Neto tem 29% e Colbert Martins Filho 22%
Foto: DIV
   A pesquisa sobre as intenções de votos para a sucessão em Feira de Santana divulgada nesta quinta feira, 10, pelo portal A Tarde e realizada pela Potencial, com 600 entrevistas, registrada no TSE, revela o pré-candidato petista deputado federal Zé Neto, com 29% das intenções de votos; o prefeito Colbert Martins Filho (MDB), com 22%; ex-deputado Carlos Geilson, do Podemos, com 9%; Beto Tourinho, PSB, com 5%; Carlos Medeiro (Novo), José de Arimatéia (Republicanos) e Dayane Pimentel (PSL), cada um com 2%; Marcela Prest (PSOL) 1%; 11% indecisos; 1% não quista responder e brancos/nulos 16%. Margem de erro 4%.

  Vê-se, pois, que se as eleições fossem hoje, haveria um segundo turno entre Zé Neto (PT) x Colbert Filho (MDB) os outros postulantes tendo papéis importantes nas alianças se mantidas as candidaturas até lá. 

   Lembrando que o 1º turno dá-se em 15 de novembro e o 2º turno em 29 de novembro, tempo curto, 15 dias, o que significa dizer que as alianças precisam ser costuradas desde já, ou pelo menos, alinhavadas.
  
  Os números de A Tarde/Potencial revelam um crescimento significativo do prefeito Colbert, apesar de sua alta rejeição (o até não combina rejeição com crescimento) que, em pesquisas anteriores divulgadas em Feira apontavam o gestor na faixa de 10% a 20% e Zé Neto acima de 30%, com 32%. 

   Há quem diga que, a pandemia do coronavirus beneficou Colbert na medida em que a PMF teve (e ainda tem) uma boa atuação, com números de mortes abaixo de Ilhéus e Itabuna; e um segundo ponto teria sido a entrada do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, no apoio mais explícito a Colbert, com participação de lives.
 
   No meio político de Feira entende-se que Zé Neto (PT) chegou ao teto (pelo menos no primeiro turno) e alcança esse número graças a sua ligação com o governador Rui Costa, bem avaliado, o deputado controlando os postos chaves da administração estadual em Feira. 

   Como ainda existem 11% de indecisos ele poderá crescer um pouco mais, porém, isso também poderá ocorrer com Colbert e os outros candidatos. Ou seja, esses 11% não migrarão para um só nome.
  
   O ex-deputado Carlos Geilson é uma incógnita. Era do PSDB, saiu do tucanato para integrar o time de Rui, o que se dizia em Feira, na esperança de ter uma boa posição no município. O tempo foi passando e isso não aconteceu. Ficou a ver navios. 

   Ingressou no Podemos, que é da base ruista sob o comando do deputado federal Bacelar, mas tem o apoio do demista Targino Machado que é o mais ferrenho critico do petismo na Assembleia, inclusive está sendo processado pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, diante de criticas que fez na compra de computadores.
 
  Para onde irá Geilson num provável segundo turno, caso permanecem esses números da Potencial?

  Claro que ele pode chegar ao segundo turno. Em tese, individualmente, levando-se em conta os números da Potencial, no campo político poderá ir para Zé Neto; mas, também em tese, Targino não vai. Salvo se quiser perder seu discurso na Assembleia e abraçar o PT. Targino também já disse que não apoia Colbert de jeito alguma. 
  
   Beto Tourinho (PSB) deverá se alinhar com o PT. Essa é uma tendência que está havendo na capital, com Lidice, dependendo ainda da Executiva Nacional dos socialistas. Os demais nomes, a conferir no decorrer do processo.
 
   Lembrando que a eleição de segundo turno é outra eleição. Ninguém controla 100% o eleitorado. Um político pode dizer que está com fulano de tal, mas, o eleitorado não o seguirá de forma integral. Em parte, vai; outra, não.
  
   A eleição em Feira tende a se polarizar (considerando-se a pesquisa de hoje) entre os candidatos do governador Rui Costa e do ex-prefeito Zé Ronaldo, ambos bem avaliados. O presidente Bolsonaro não terá a mínima força nesse processo. A Dayane Pimentel, eleita pelo PSL e que poderia estar melhor, rompeu com o presidente, e tem baixa avaliação (2%).