Política

ALERTA EM PORTUGAL: 451 NOVOS CASOS COVID E 1.555 MORTES NO TOTAL

Ministro contesta El País (Com Diario de Noticias e Correio da Manhã)
Tasso Franco , da redação em Salvador | 26/06/2020 às 11:17
Paciente monitorado em Portugal
Foto: Correio da Manhã
  Mais seis mortes e 451 novos casos de infeção por covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (26 de junho). É o pior registo desde 8 de maio, quando se registaram 553 casos.

Em comparação com os dados de quinta-feira, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 0,4%. Já os casos de infeção subiram 1,1%. Portugal regista atualmente 1555 mortes e 40 866 casos confirmados de covid-19.

CONTESTA EL PAÍS

El País tem na primeira página da edição desta sexta-feira um subtítulo onde se lê "Portugal ordena o confinamento de três milhões de lisboetas" e que remete para um texto na página 22 sobre as decisões anunciadas após a reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) afirma que o referido título "é totalmente falso" e argumenta que, "pelo contrário", a decisão do Conselho de Ministros determina que "a grande parte da Área Metropolitana de Lisboa (com a exceção de 19 freguesias, das 118 freguesias da AML) passou a uma nova fase de desconfinamento", transitando "do 'estado de calamidade' para o 'estado de alerta'.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros lamenta profundamente que um jornal com o prestígio e a responsabilidade do El Pais publique uma tal falsidade. E espera que possa fazer a correção devida com a urgência e a publicidade que essa falsidade exige", lê-se no texto.

Contrariamente ao título na primeira página e ao título da notícia em si - "Portugal reconfina a Grande Lisboa por aumento dos contágios" -, o texto do El Pais distingue as medidas aplicadas a 19 freguesias da AML das restantes 99.

"O Governo decretou ontem [quinta-feira] o estado de calamidade - o mais alto - em 19 bairros da Grande Lisboa onde vivem cerca de 920.000 pessoas e o estado de contingência às cidades que a rodeiam - a Área Metropolitana de Lisboa, conhecida como Grande Lisboa, habitada por 3 milhões de pessoas", lê-se na notícia.

E é em relação aos 19 municípios que o texto refere "uma repetição das medidas de março e abril para todo o país", apontando "o 'dever cívico' de permanecer em casa salvo para compras ou deslocar-se para o trabalho".