Ação faz parte da Operação Lava Jato
Tasso Franco , da redação em Salvador |
19/06/2020 às 18:57
Senador Jaques Wagner
Foto: DIV
Por determinação do juiz Glauco Dainese de Campos, titular da 7ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, o ex-governador e atual senador baiano Jaques Wagner (PT), teve expedido o congelamento dos seus bens na manhã desta sexta-feira (19).
A decisão faz parte de uma ação desmembrada da Lava Jato que abriu investigação para apurar doação ilegal visando a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores em 2014. A doação de R$ 3,5 milhões teria sido efetuada pela Odebrecht, por intermédio da cervejaria Petrópolis
NOTA DO SENADOR
O senador baiano Jaques Wagner (PT) afirmou que recebeu com surpresa a decisão de bloqueio parcial de valores e de seus bens pela Justiça nesta sexta-feira (19).
Por meio de nota, o senador alegou que é de causar “estranheza o fato de o processo, que estava mantido sob sigilo, tenha sido divulgado antes de ouvir o maior interessado”, sobretudo em uma matéria cuja decisão, segundo Wagner, já havia sido “revista pelo próprio magistrado que, de ofício, determinou o desbloqueio da quase totalidade da quantia em seu nome”.
“Trata-se de matéria requentada, uma vez que processo criminal sobre o tema já foi arquivado e o eleitoral segue em curso. Mesmo assim, determinaram um bloqueio de valores fruto de um processo ajuizado há seis meses sobre supostos fatos de seis anos atrás”, afirma.
“Vivemos tempos estranhos no Brasil, em que processos são mantidos sob sigilo até das partes, mas divulgados para causar confusão na opinião pública”, continua o senador.
Wagner afirma ainda que “a decisão será objeto de recurso” e ele “permanecerá, como sempre esteve, à disposição para os esclarecimentos que forem necessários”.