Decreto do presidente estabelece academias e salões de beleza como essenciais
Da Redação , Salvador |
12/05/2020 às 10:39
Bolsonaro perde autoridade com governadores
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Ao menos, governos de nove estados e o Distrito Federal se posicionaram contra a inclusão na lista de "serviços essenciais" as atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes, conforme decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado em edição extra do "Diário Oficial da União.
Afirmaram que não irão seguir as novas diretrizes:
Rui Costa, governador da Bahia
João Doria, SP
Camilo Santana, governador do Ceará
Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal
Helder Barbalho, governador do Pará
João Azevêdo, governador da Paraíba
Paulo Câmara, governador de Pernambuco
Wellington Dias, governador do Piauí
Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro
Givaldo Ricardo, superintendente de comunicação do governo de Sergipe
Bolsonaro incluiu as atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de "serviços essenciais". Isso significa que, no entendimento do governo federal, as atividades podem ser mantidas mesmo durante a pandemia do coronavírus. Com essa inclusão, o número de atividades consideradas essenciais chegou a 57.
A medida surpreendeu o ministro da saúde, Nelson Teich, que foi informado sobre o assunto enquanto concedia entrevista coletiva.
“O que eu acho hoje é o seguinte: se você criar um fluxo que impeça que as pessoas se contaminem, e se você criar condições e pré-requisitos para que você não exponha as pessoas ao risco de contaminação, você pode trabalhar retorno de alguma coisa. Agora, tratar isso como essencial é um passo inicial, que foi uma decisão do presidente, que ele decidiu isso aí. Saiu hoje isso? Decisão de?", disse Teich