Nesta ação, realizada à noite, foi capturado o sobrinho do ex-general venezuelano opositor Clíver Alcalá Cordones.
Da Redação , Salvador |
11/05/2020 às 19:49
Mercenários presos
Foto: La Razon
Seguindo as buscas para desmantelar o núcleo responsável pela chamada Operação Gedeon, o governo da Venezuela prendeu outros 11 envolvidos na ação que pretendia prender Nicolas Maduro e enviá-lo a Miami.
No domingo, três ex-sargentos foram localizados na cidade de Colonia Tovar, no estado de Aragua. A informação foi publicada no twitter do ministro do Interior, Nestor Reveról.
Ainda no domingo, outros oito suspeitos foram presos em uma região montanhosa chamada Petaquirito, a 50 kms de Caracas. Nesta ação, realizada à noite, foi capturado o sobrinho do ex-general venezuelano opositor Clíver Alcalá Cordones.
O militar da reserva já foi uma pessoa de confiança de Hugo Chavez, mas hoje integra a oposição. Alcalá é uma das pessoas que apoiaram o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaido. Mas no dia 28 de março, Alcalá se entregou e foi extraditado por tráfico de drogas para os Estados Unidos.
Mais de 30 pessoas já foram detidas desde o início da operação no dia 3 de maio, incluindo dois norte-americanos. Além disso, foram encontrados coletes à prova de balas com bandeiras da Colômbia e dos EUA, bem como capacetes, equipamentos de localização (GPS), barcos de combate e fuzis de assalto.
Assim que o primeiro barco com mercenários foi neutralizado pelas forças policiais, o presidente autoproclamado Juan Guaidó negou participação na incursão militar intitulada Operação Gedeon. Contudo, o contrato com a empresa Silvercop publicado conta sua com assinatura.
Mais tarde, seu principal assessor Juan Jose Rendon, confirmou a existência do contrato e de sua assinatura nele, durante uma entrevista à CNN. Mas afirmou que o conteúdo do contrato não teria sido executado.
Renúncia de assessores
Guaidó afirmou que após a tentativa de invasão falida dois de seus assessores se demitiram. Segundo o jornal The New York Times, Juan Jose Rendon e Sergio Vergara renunciaram ao cargo. Guaidó agradeceu "a dedicação e compromisso" e afirmou que aceita a renúncia dos dois.