Governador Rui Costa não quis comentar sobre a morte do miliciano
Da Redação , Salvador |
10/02/2020 às 21:37
Secretário Mauricio Barbosa
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O secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, destacou o "profissionalismo das equipes" envolvidas no confronto contra o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega. O criminoso, procurado internacionalmente, foi localizado na cidade baiana de Esplanada, no domingo.
Em vídeo divulgado nesta segunda-feira (10), o secretário destacou que a SSP agirá com máxima agilidade e total transparência. Lamentou o fato de o caso estar sendo usado por alguns de forma política e exigiu respeito ao trabalho da polícia.
"Estávamos diante de uma pessoa de alta periculosidade, envolvidos em diversos crimes e com treinamento de tiro, pois chegou a ser um policial de operações especiais. Óbvio que queríamos efetuar a prisão, mas jamais iríamos permitir que um dos nossos ficasse ferido ou saísse morto do confronto", enfatizou Barbosa.
GOVERNADOR NÃO COMENTA
Segundo o portal A Tarde, o governador Rui Costa não comentou sobre a operação policial que resultou na morte do ex-policial militar Adriano da Nóbrega, apontado como chefe de uma milícia no Rio de Janeiro e suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.
O ex-comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi morto no município baiano de Esplanada durante confronto com a polícia, segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP).
Conforme o governador, cabe às forças de segurança e ao Ministério Público comentar sobre o assunto. "Não quero falar disso. Não sou policial, sou governador. Normalmente, a imprensa não me pergunta sobre operações policiais. Quem deve falar sobre isso é o Ministério Público do Rio de Janeiro, que solicitou apoio militar, o Ministério Público daqui, que estava acompanhando, a Polícia Civil do Rio e da Bahia, e o secretário de Segurança. Eu não sei detalhes, portanto não vou ficar especulando", declarou.
CRITICAS DE VILMA REIS
Também em A Tarde, a Pré-candidata a prefeita de Salvador pelo Partido dos Trabalhadores (PT), a socióloga Vilma Reis criticou nesta segunda-feira, 10, a operação na qual foi morto o ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como miliciano e suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
"O país não tem pena de morte. A gente não deve defender a execução de nenhuma pessoa", declarou Vilma, pouco antes da sessão em homenagem aos 40 anos do PT, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Foragido há mais de um ano, Adriano foi morto no município baiano de Esplanada (distante 170 km Salvador) em ação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) da Bahia, com o apoio da Polícia do Rio de Janeiro.
Mais cedo, o titular da SSP, Maurício Barbosa, defendeu o trabalho das equipes e afirmou que a pasta agirá com transparência.
Além de criticar o trabalho da polícia, Vilma reiterou a defesa de prévias para a escolha da pré-candidatura do partido ao Palácio Thomé de Souza. "O meu partido é plural, de tendências, e todos os segmentos têm direito de apresentar um projeto de pré-candidatura", disse, ao ser questionada sobre a possível candidatura da major Denice Santiago pelo PT.