Milhões de pessoas se reuniram nas ruas da cidade de Kerman, no sudeste do Irã, cidade natal do tenente-general Qassem Soleimani, para participar de um ritual final de funeral e enterro do principal estrategista de defesa, que foi assassinado pelos militares dos EUA durante uma visita ao vizinho Iraque. Um tumulto no sepultamento teria resultado em, ao menos, 30 mortos.

Os restos mortais do general Soleimani e de um de seus companheiros, o general general Hossein Pourjafari, que também foi martirizado na mesma operação de assassinato dos EUA, chegaram ao aeroporto de Kerman, após grandes procissões fúnebres nas cidades iraquianas de Bagdá, Karbala e Najaf, além dos cidades de Ahvaz, Mashhad, Teerã e Qom no Irã, reportou presstv.com.

   Estima-se que sete milhões de pessoas lotaram a via de 11 quilômetros que liga as duas icônicas praças Enqelab (Revolução) e Azadi (Freedom), bem como as ruas laterais que se cruzam na capital Teerã durante o funeral de segunda-feira, de acordo com o Conselho de Coordenação de Propagação Islâmica.

Desde as primeiras horas da terça-feira, grandes multidões de pessoas vestidas de preto começaram a encher as ruas de Kerman para prestar respeito ao mais importante comandante antiterror do Oriente Médio.

Cantos de 'Morte à América' têm ecoado por toda a cidade, com pessoas de luto carregando os retratos do herói nacional.

O falecido comandante da Força Quds do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã (IRGC) será repousado em sua cidade natal após a procissão fúnebre.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou um ataque aéreo com drones nos Estados Unidos na sexta-feira na carreata do general Soleimani ao chegar à capital iraquiana a convite do governo de Bagdá.

O ataque também matou Abu Mahdi al-Muhandis, o segundo em comando das Unidades de Mobilização Popular do Iraque (PMU), além de oito outros iranianos e iraquianos.

O general Soleimani é visto pelas pessoas que buscam a liberdade no mundo como a figura-chave nas batalhas no Oriente Médio que levaram ao colapso do Daesh, o grupo terrorista mais notório do mundo.

O Irã jurou "dura vingança" contra os EUA por sua operação terrorista.

Um funeral em massa separado também está em andamento para Muhandis na cidade de Abadan, no sudoeste, de onde seu corpo será levado para Khorramshahr e Shalamcheh, na província do Khuzestan, no Irã, para cerimônias de luto semelhantes.

Mais tarde, os restos mortais do comandante iraquiano serão levados de volta ao seu país de origem.

Discursando aos enlutados, o major-general Hossein Salami, comandante-chefe do IRGC, condenou o assassinato "covarde" dos militares dos EUA.

  Começo com a última palavra. Nós vamos nos vingar. Nossa vingança será dura, decisiva e final. Fique tranqüilo e seguro ”, disse o chefe do IRGC. "O martírio do general é um ponto de partida para o fim precoce da presença da América no mundo muçulmano. Eu declarei que você verá isso acontecer muito em breve.