ADDIS ABABA, Etiópia - O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, ganhou o Prêmio Nobel da Paz na sexta-feira por sua obstinada busca por reformas democráticas e esforços regionais de manutenção da paz.

Abiy recebeu o prêmio "em particular, por sua iniciativa decisiva de resolver o conflito de fronteira com a vizinha Eritreia", disse Berit Reiss-Andersen, presidente do Comitê Nobel, que decide o vencedor.

Um acordo de paz entre Abiy e seu colega na Eritreia, Isaias Afwerki, encerrou formalmente um impasse militar de 20 anos que se seguiu à secessão da Eritreia na Etiópia em 1993. Cerca de 100.000 pessoas foram mortas entre 1998 e 2000, quando uma disputa na fronteira explodiu. fora de guerra.

Abiy, um ex-oficial de inteligência de 43 anos, inaugurou uma era de esperança de paz e maiores liberdades no segundo país mais populoso da África, que há muito tempo é governado por regimes autoritários. Ao assumir o cargo em abril de 2018, Abiy iniciou a libertação de milhares de presos políticos, suspendeu as proibições de várias organizações políticas, processou ex-funcionários acusados ​​de tortura e prometeu levar a Etiópia às primeiras eleições livres e multipartidárias em 2020.

Abiy também tomou medidas ousadas para intermediar a paz no Sudão e no Sudão do Sul, ambos afetados por conflitos civis. Abiy liderou rodadas de negociações entre lados opostos nos dois países, e ele procurou um papel na mediação de outros conflitos regionais, como uma disputa marítima entre o vizinho Quênia e Somália.

Em uma declaração, o escritório de Abiy disse que "essa vitória e reconhecimento é uma vitória coletiva para os etíopes, e um chamado para fortalecer nossa determinação em tornar a Etiópia - o Novo Horizonte de Esperança - uma nação próspera para todos".