Sessão da Assembleia Legislativa girou em torno do tema vazamento das gravações do Intercept
Tasso Franco , da redação em Salvador |
10/06/2019 às 17:09
Deputado Marcelino Galo, PT, durante fala na ALBA
Foto: BJÁ
Os debates desta segunda-feira, 10, na Assembleia Legislativa se limitaram ao plano federal mais uma vez, parlamentares da base governista criticando a postura do ministro da Justiça, Sérgio Moro, o que foi acusado por Marcelino Galo (PT), Robison Almeida (PT), Olivia Santana (PCdoB) e Adolfo Menezes (PSD) de ter compartamento parcial quando era juiz federal em Curitiba orientando procuradores da Operação Lava Jatao com o objetivo de criminalizar o ex-presidente Lula.
Para Galo ficou claro nas reportagens publicadas pelo site Intercept que "o juiz Moro tramou para evitar a candidatura de Lula a presidente do Brasil, em 2018".
Galo pediu a renúncia de Moro do Ministério da Justiça e destacou em fala no plenário que a ação do juiz "é uma trama internacional do grande capital, da elite que é capaz de tudo para manter os seus privilégios". No entendimento do parlamentar petista o processo eleitoral de 2018 foi corrompido para beneficiar Jair Bolsonaro, "um satanás que está infernizando a vida dos brasileiros".
Defendeu ainda "Lula livre para que o país volte a ter soberania e não bata continência a bandeira norte-americana".
Já a deputada Olivia Santana (PCdoB) disse que as informações do Inercept "nós já sabíamos dessa posição partidarizada do juiz Sérgio Moro para prejudicar o ex-presidente Lula" e defendeu que o processo contra ele seja anulado, "declarado nulo".
No entendimento do lider da Oposição, deputado Targino Machado (DEM) pelo exposto no Intercept o ministro Moro não cometeu irregularidades. "Não estou convencido da parcialidade de Moro na Lava Jato" e nem que tenha influenciado nas decisões da Operação Lava Jato que sempre foram muito bem fundamentadas, frisou.
Na percepção do deputado Alan Sanches (DEM) a Assembleia precisa se voltar aos temas estaduais e questionou que o governador Rui Costa (PT) precisa sair de cima do muro e dizer se é a favor ou contra a Reforma da Previdência.
Em resposta, o deputado Adolfo Menezes (PSD) disse que Rui é a favor da Reforma da Previdência, a Bahia já investou mais de R$4 bilhões na Previdência do Estado, mas, tem seus critérios e objetividade. E também criticou a postura de Moro que passou de acusador a acusado.
Por fim o deputado Robison Almeida (PT) comentou que a Lava Jato teve caráter seletivo em direção a prejudicar o PT, com apoio da midia tupiniquim, e disse que "Moto atropelou a legislação brasileira". Defendeu, ainda, uma CPI para apurar os fatos relacionados ao vazamento.