Terminou sem avanços a reunião de conciliação mediada pela Superintendência Regional do Trabalho, na manhã desta sexta-feira (10), entre trabalhadores rodoviários e Sindicato das empresas de transporte.

Na reunião, o patronal apresentou uma proposta com os trabalhadores de 3.33% de reajuste - e não aceitou a proposta da superintendente Gerta Schultz, de negociar as clausulas sociais presente na pauta elaborada pela categoria.

“Manter essa intransigência significa greve geral por tempo indeterminado”, declara o presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Helio Ferreira. O presidente destaca que a SRTE tem tido boa vontade na negociação, mas o problema tem sido os empresários que apresentaram uma proposta desrespeitosa com os trabalhadores de 3.33% de reajuste, número abaixo da inflação do período, 5.07%. “É preciso avançar nesse aspecto para evitar a greve”.

Os trabalhadores, que reivindicam 8% de reajuste, chegaram a suprimir a pauta de reivindicações para facilitar as negociações. “Fizemos isso em nome da paz e do compromisso com o usuário, e na tentativa de destravar as negociações, mas os patrões continuam no intransigentes. Com essa proposta desrespeitosa não tem acordo e a alternativa é a greve”.

Com isso, caso não haja nenhuma contraproposta que respeite e atenda os anseios dos trabalhadores, entraremos em greve geral por tempo indeterminado a partir das 00:01 de quinta-feira 16-05.

 A Superintendência deixou a casa aberta para uma nova negociação e a comissão dos trabalhadores também se deixou a disposição para negociar. Mesmo aberto a possíveis novas reuniões de conciliações, a categoria segue com o calendário de preparação da greve. Na próxima quarta-feira, os trabalhadores estarão reunidos em uma assembleia às 15h, no Ginásio de Esportes dos Bancários – Ladeira dos Aflitos, para avaliar possíveis propostas feitas pelos empresários e definir se Salvador amanhece a quinta-feira (16) sem ônibus nas ruas.