Falta de quórum (21 parlamentares) derribou a sessão pelo segundo dia consecutivo
Tasso Franco , da redação em Salvador |
07/05/2019 às 16:41
Discussões só sobre o regimento
Foto: BJÁ
A sessão na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 7, foi surreal. Caiu por volta das 15h50min depois de discussões sobre o Regimento da Casa diante um pedido de verificação de quórum do deputado Targino Machado, DEM, líder do bloco da Oposição. Sem deputados da base governista suficientes para dar o quórum, ou seja, 21 parlamentares, o lider do governo, deputado Rosemberg Pinto, PT, questionou a Mesa alegando que "tradicionalmente não se pode pedir verificação de quórum no pequeno expediente, daí que a sessão deveria continuar".
Targino contra-argumentou que o Regimento da Casa é claro quando diz que a verificação de quórum é um expediente que pode ser acionado em qualquer momento da sessão, mesmo até com orador na tribuna. O presidente Nelson Leal (PP) que presidia a sessão acatou o Regimento e depois de elogiar os dois líderes por seus trabalhos na Casa, decidiu suspender a sessão, e votar os dois projetos previstos para esta terça somente na quarta, antes da sessão especial que acontecerá dia 8.
A partir daí as discussões foram inóquas por mais de 70 minutos uma vez que a decisão do presidente em suspender a sessão já havia sido tomada. Ainda assim, em questão de ordem, Rosemberg disse que acata todos os artigos do Regimento, mas, havia, pelo menos informalmente e por tradição, não pedir verificação no pequeno expediente quando cada parlamentar fala por 5 minutos na tribuna da Casa.
O deputado Alan Sanches (DEM) comentou que o líder do governo precisa colocar os deputados de sua base para trabalharem e não ficar usando argumentos sem sustentação. Já o presidente da Casa, Nelson Leal, convidou os líderes para um encontro em seu gabinete a fim de acertar alguns pontos e evitar a perda de tempo e discussões no plenário que não contribuam com a sociedade.
Os projetos que serão votados na quarta um deles é do Poder Judiciario e envolve a permuta de imóveis e o outro delimita os limites territoriais entre Salinas das Margaridas e Jaguaribe.
