Política

VENEZUELA: PNB reprime oposição mas povo não sai das ruas em Caracas

Caos na Venezuela só aumenta com manifestações em todo país. (Com El Diário de Caracas)
Da Redação , Salvador | 09/03/2019 às 15:04
PNB reprime seguidores de Guaidó na Victoria Avenue
Foto: EFE
Uma concentração de oposição em Caracas, que foi convocada pelo chefe do Parlamento, Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela por cinquenta países, foi dissolvida no sábado com gás lacrimogêneo pela Polícia Nacional Bolivariana (PNB).

Efe verificou que um contingente antimotim impediu o movimento dos manifestantes, que, no entanto, permanecem na vizinhança da avenida Vitória, em Caracas (sudoeste), local da concentração.

Antes, a equipe do Guaidó relatou que eles não tinham permissão para instalar uma plataforma na área e que três pessoas foram detidas que estavam transportando as estruturas, que foram confiscadas.

Guaidó reagiu no Twitter observando que o governo de Nicolás Maduro terá "uma surpresa", já que a oposição permanecerá na rua.

"Eles querem que você jogue o desgaste, mas já não tem uma maneira de segurar um povo que estão determinados a realizar a cessação da usurpação. E hoje vamos demonstrar nas ruas. Atento", acrescentou no Twitter, sem dar mais detalhes.

A manifestação, que acontece em todo o país, faz parte da crescente pressão da oposição para tirar Maduro do poder, que é desde 2013.

Acontece também depois de um blecaute que deixou a maioria dos venezuelanos sem serviço elétrico por mais de 30 horas, e que ainda permanece em pelo menos metade do território completando 40 horas.

Uma manifestante que não se identificou disse aos repórteres que Maduro é responsável pela grave crise econômica pela qual a Venezuela está passando, dizendo estar "cansada" de lidar com a emergência.

"Fora Maduro, nós não queremos isso, isso tem que acabar, chega é o suficiente", disse ela animadamente.

Venezuela está passando por um momento de grande tensão política desde janeiro passado, quando Guaidó invocado alguns artigos da Constituição venezuelana a alegação de que ele tem a autoridade para declarar presidente interino do país, considerando que Maduro é "usurpar" a Presidência.

O líder chavista ganhou em maio do ano passado em uma eleição controversa que não participou oposição que não confia no árbitro eleitoral venezuelano-assim a legitimidade do seu novo mandato não é reconhecido pelo anti-Chávez nem parte do comunidade internacional