Fernando Haddad foi prefeito de São Paulo
Da Redação , Salvador |
11/09/2018 às 17:32
Fernando Haddad
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O Partido dos Trabalhadores (PT) anuncia, na tarde desta terça-feira (11), o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad como seu novo candidato nas eleições presidenciais de 2018. A decisão foi chancelada pela cúpula da legenda, em reunião realizada ainda hoje, e está sendo divulgada pelo partido em um ato Curitiba.
Uma ala do partido, capitaneada pela senadora Gleisi Hoffmann, queria postergar a decisão para o dia 17 – advogados chegaram, inclusive, a pedir uma prorrogação ao Tribunal Superior Eleitoral do prazo de 10 dias para anunciar um nome ao Planalto. Mas, com a manifestação do ex-presidente Lula, que redigiu uma carta defendendo a candidatura de Fernando Haddad , as resistências dissiparam-se.
O anúncio é feito no limite do prazo imposto pelo TSE, de acordo com o qual o PT tinha até o fim desta terça-feira (11) para apresentar um novo candidato à Presidência da República, uma vez que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje lidera a chapa presidencial, foi considerado inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
Na segunda-feira (10), a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, negou a prorrogação do prazo para o partido substituir o nome de Lula na cabeça de chapa presidencial. Em sua decisão, a ministra definiu que o nome do substituto de Lula deveria ser divulgado até o dia de hoje . Caso contrário, o PT estaria fora da disputa.
A negativa de Rosa Weber foi dada na mesma decisão em que ela enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o recurso de Lula contra a rejeição, pelo plenário do TSE, de seu registro de candidatura, a qual teve como base a Lei da Ficha Limpa. O relator deverá ser o ministro Celso de Mello.
Em meio a tais recursos, o tempo para o PT se diminuiu. Nesta segunda, os advogados do ex-presidente recorreram ao STF para pedir mais prazo para a definição até o dia 17, na próxima segunda-feira. O recurso é apenas um entre os pedidos dos advogados de Lula para manter a candidatura.
Em paralelo à apelação, os advogados entraram com outra petição no Supremo, desta vez pedindo com urgência a concessão de uma liminar (decisão provisória) que permita a Lula continuar como candidato ao menos até o dia 17 - data limite para troca de candidatos, ou até que o plenário do STF discuta em definitivo a situação do ex-presidente.
De acordo com a defesa do ex-presidente, o TSE julgou o registro de candidatura com “pressa e mais pressa”, suprimindo prazos para a defesa, além de ter realizado “duas incríveis e surpreendentes viragens de jurisprudência” para impedir Lula de fazer campanha enquanto recorre da rejeição e abrir de imediato o prazo para o PT trocar de candidato .
Para Rosa Weber, porém, não há motivos para prorrogar o prazo para o PT substituir o nome do ex-presidente na chapa. “Não se justifica, contudo, o deferimento do pedido de sustação da eficácia do acórdão recorrido, ainda que na pretensa extensão mínima”, diz a decisão divulgada ontem.