Dois eventos públicos foram realizados pela Câmara de Salvador na noite dessa quinta-feira, 9. Um deles foi uma sessão especial, no Plenário Cosme de Farias, para celebrar os 40 anos de trabalho religioso e social do Movimento Escalada. A atividade que celebrou os 40 anos da instituição foi dirigida pelo vereador Euvaldo Jorge (PPS), a partir de requerimento do vereador licenciado Joceval Rodrigues (PPS).
“Ficamos felizes em trazer para a Casa os alpinistas, como são chamados os participantes do Escalada. Em tempos difíceis com tanto individualismo, acho importante a mensagem de amor. Acredito que por meio do movimento muitos jovens adquiriram o interesse de participar das atividades da igreja”, afirmou o pepessista.
Joceval falou sobre a importância de se investir na formação dos jovens e expressou sua posição contrária ao aborto: “Muitos procuram uma solução rápida, porém não se preocupam com coisas importantes para o desenvolvimento da juventude, assim como o Escalada, que trabalha na formação de jovens para a transformação da qual o mundo tanto precisa”.
Para a representante da Comissão Organizadora dos 40 anos do Movimento Escalada, Mariana Marques, a sessão especial é uma oportunidade de mostrar a força e a nobre missão do grupo: “Estamos num momento de maturidade e esperamos este ano reunir 2.400 membros em torno do tema O Amor de Deus em nós, entre nós e a partir de nós”.
O Movimento Escalada foi criado e organizado em São Paulo, em 1970, por Irmã Gília, que reuniu jovens de três colégios da capital durante um final de semana numa casa de retiro localizada numa montanhosa região do município paulista de Vinhedo.
Presente em 12 cidades, reúne jovens e adultos da Bahia, Sergipe e Pernambuco. O principal diferencial do Escalada é o método de “evangelizar o jovem por meio do próprio jovem”. Cerca de 2.800 pessoas, entre 14 e 30 anos, participam dos encontros anuais.
Dia do Samba Duro Junino
O outro evento foi uma audiência pública, promovida por Téo Senna (PHS) para discutir a necessidade da escolha de uma data para representar o Dia do Samba Duro Junino na capital baiana. O debate ocorreu no Centro de Cultura da CMS e reuniu representantes da Associação Cultural Grupo União, autores do pedido, e de outros grupos do segmento musical.
Este ano, o Samba Duro Junino foi reconhecido por decreto do prefeito ACM Neto como Patrimônio Imaterial do Município de Salvador. O ritmo é marcado por instrumentos percussivos, como o timbau, o tamborim e o surdo. “O nosso Samba Junino ou Samba Duro Junino, como também é conhecido, é uma expressão cultural genuína da Cidade de Salvador, surgida em torno dos terreiros de candomblé e das matrizes referenciais do samba de caboclo e do samba de roda”, explicou o parlamentar.
O músico e um dos diretores/fundadores da Associação Cultural Grupo União, Jorjão Bafafé, defendeu a necessidade de um dia especial para representar o ritmo e agradeceu ao vereador: “Téo já vem nos acompanhando há um tempo, com o apoio dele foi realizada nesta Casa, a sessão especial em comemoração aos 40 anos de fundação da nossa associação, e além disso, ele está sempre apoiando a nossa comunidade”.
O compositor Edvaldo Santos, conhecido por Edbinho, também fez questão de compartilhar o benefício do samba duro junino em sua vida: “Esse dia não só é importante para a gente, mas também para a cultura do nosso estado. O samba junino também educa, porque hoje eu posso dizer que não entrei na marginalidade por ter essa cultura para me orientar e direcionar”.
Foram feitas algumas sugestões para a data, mas os grupos pretendem se reunir novamente em um encontro regado a muito samba duro junino para se chegar a um acordo. A festa ficou programada para 30 de setembro com local a definir. “Eu fico muito contente em poder contribuir de alguma forma. O próximo passo é reunir esses grupos e fortalecer a federação para, a partir daí, buscar o apoio da prefeitura e dos órgãos competentes para ajudar e acompanhar”, concluiu Téo Senna.