Os 12 anos de vigência da Lei Maria da Penha foram lembrados nessa terça-feira, 7, pela vereadora Ireuda Silva (PRB), que ressaltou a importância de denunciar atos de violência praticados contra mulheres. Em sua opinião, sem a realização da queixa, não existirá sanção adequada para os acusados.
Segundo ela, “se não houver punições exemplares, vamos demorar cada vez mais para mudar a forma como a sociedade encara esse problema. E não é só a vítima que pode se manifestar. É importante que se uma pessoa testemunha um episódio de agressão, ela contribua de algum modo, seja pedindo ajuda ou ligando à polícia”.
Conforme dados da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, do Ministério dos Direitos Humanos, já foram realizadas em 2018, 80 mil denúncias de abuso sexual, homicídio, cárcere privado e outros tipos de agressões. “É uma lástima, e sabemos que o número real é bem maior, porque grande parte das denúncias sequer chega a ser denunciada por conta do medo que sempre aflige as vítimas”, diz a parlamentar.
A perrebista mencionou o caso da advogada Tatiane Spitzner, morta após cair do quarto andar do prédio: “Ela sofria agressões realizadas pelo marido muitas vezes presenciada por vizinho. Ninguém nunca se preocupou em ajudar, em intervir? Isso é um reflexo da nossa cultura de que não se intromete em briga de marido e mulher. Mas é nesse contexto que tragédias acontecem”.