Vereadores do governo e da oposição voltaram a trocar acusações nesta terça-feira, 7, a respeito da greve dos professores, motivados pelo episódio ocorrido pela manhã em frente à sede da Secretaria da Educação, na Avenida Garibaldi. Aladilce Souza (PCdoB) e a líder oposicionista Marta Rodrigues (PT) atribuíram à Guarda Municipal a violência sofrida pelos militantes. Kiki Bispo (PTB) defendeu os policiais.
Para a petista, a GMS extrapolou suas funções ao agredir manifestantes que promoviam um ato pacífico: “Não podemos permitir que professores sejam criminalizados por estarem reivindicando seus direitos, previstos por lei. Quando a prefeitura tenta justificar o injustificável, como fez por meio de nota ao afirmar que foram os professores que agrediram guardas armados, mostra ainda mais desrespeito com a categoria e tentativa de distorcer a verdade”.
Em nota pública, a comunista frisou que a categoria protestava contra a falta de diálogo por parte da prefeitura: “De forma truculenta, os guardas agrediram fisicamente os professores, lançaram bombas de efeito moral e gás de pimenta em direção aos manifestantes. Além de não pagar o reajuste dos servidores, deixar estudantes sem fardamento e sem material escolar, agora o prefeito perdeu totalmente a vergonha ao permitir que o caos na Educação chegasse a esse ponto, com professores sendo violentamente agredidos”.
Movimento político
Mas, para o petebista, “serviços públicos essenciais à população não devem ser suspensos por conta da militância partidária e político-eleitoral de uma minoria”. Segundo ele, a corporação policial foi acionada “para garantir o acesso e a segurança dos servidores, mas os sindicalistas são intransigentes e precipitaram o conflito”. A seu ver, “antidemocrático é impedir o direito de ir e vir, assim como cercear a liberdade dos servidores que querem trabalhar”.
Ele rebateu a acusação de falta de diálogo, garantindo que “os militantes da APLB que rejeitaram a proposta de reajuste apresentada pela gestão municipal e escolheram o caminho da radicalização, evidenciando a falta de compromisso com a categoria que esses sindicalistas dizem representar”.