A regularização das chamadas “Cinquentinhas” (motos de 20 cilindradas) foi o assunto da audiência pública, promovida pelo vereador José Trindade (PSL), nesta terça-feira, 24, no Centro de Cultura da Câmara de Salvador. Desde 1º de novembro de 2016, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), estão em vigor multas para os condutores que dirigirem sem habilitação ou licenciamento.
De acordo com o parlamentar, a questão é regulada por lei federal, mas a intenção é “encontrar meios para que os condutores transitem pelas ruas de Salvador dentro dos parâmetros da legalidade”.
Segundo Carlos Moura, coordenador de Segurança e Educação para o Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA), existem exigências que devem ser cumpridas: “E estamos orientando o Clube dos Cinquentinhas sobre estes requisitos necessários para circularem nas ruas do país: a carteira de habilitação e o licenciamento”. Ele afirmou que duas leis federais estabelecem uma série de critérios para o licenciamento dos ciclomotores.
Para o coordenador do Movimento Clube dos Cinquentinhas, Diemerson José da Silva (DiArt), o problema é que a legislação retroage para punir: “Afinal, é uma legislação de 2015 e muitos proprietários de veículos ciclomotores fabricados antes deste ano precisam pagar pelo licenciamento”. Como exemplo, citou que um condutor de um desses veículos, fabricado em 2010 precisa pagar, de uma só vez, o emplacamento até 2015.
Em sua opinião, um dos caminhos para a regularização é o curso de Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC), promovido pelo Detran-BA, mas em 2016 foram abertas 200 vagas e só 39 pessoas se inscreveram. Ele adiantou a entidade fará uma mobilização para inscrever condutores nos próximos treinamentos de Detran.
Encontro da Beleza Negra
Nesta quinta-feira, 26, a partir das 9 horas, acontecerá, também no Centro de Cultura da CMS, o 3º Encontro da Beleza Negra, apoiado pela vereadora Rogéria Santos (PRB). Seu principal objetivo é “o empoderamento do povo negro de Salvador e região”.
Além disso, marca a passagem do dia 25 de julho, data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. “Nosso maior propósito é transcender a beleza física e destacar o conjunto, que inclui a essência, caráter, sentimentos e isso reconhecemos como empoderamento. A mulher negra é a base da pirâmide social, é a maior vítima de violência e discriminação, então precisamos refletir e mudar essa realidade”, reforça a perrebista.
Prêmio Maria Felipa
Ainda na esfera da valorização da cultura afro, a vereadora Ireuda Silva (PRB), está à frente da entrega do troféu do Prêmio Maria Felipa, nesta quarta-feira, 25, a 19 mulheres negras. Segundo ele, o artista plástico Felipe Salutari, é destaque na cena cultural soteropolitana pelo seu esforço de enaltecer a estética e a história de matriz africana em seus trabalhos.
Entre as premiadas estão a promotora do Ministério Público, Lívia Vaz; a jornalista Rita Batista; a vereadora Marta Rodrigues (PT); D. Ana, uma das primeiras obreiras da Igreja Universal; Carol Machado, coordenadora do movimento Novas Felipas; e Silvana Saraiva, produtora da Feafro.