Política

Paulo Magalhães Jr. condena greve de professores. Marta ataca Neto

Petista diz que declarações de Neto escondem seu autoritarismo
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 12/07/2018 às 19:21
Paulo Magalhães Jr. e Marta Rodrigues
Foto: LB

Mais um vereador governista se pronunciou contra a greve dos professores municipais, deflagrada nessa quarta-feira, 11. Desta vez foi o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final da CMS, Paulo Magalhães Júnior (PV), que classificou o movimento de político-partidária, já que as pautas de reivindicações dos grevistas estão em negociação entre o sindicato e a Secretária Municipal de Educação (Smed).

Para o verdista, “não existe razão para isso. Essa greve prejudica os mais de 100 mil alunos da rede municipal. Sei da competência e do trabalho do secretário Bruno Barral. Se há negociações em curso, não tem porque haver greve”.

Autoritarismo

A líder da oposição, porém, saiu em defesa dos trabalhadores. Para Marta Rodrigues (PT), o prefeito ACM Neto (DEM) tenta distorcer a motivação da paralisação para esconder da população o autoritarismo de sua gestão, como o próprio demonstra ao ameaçar cortar ponto dos docentes.

“O prefeito fala que a greve é político partidária, mas não informa à imprensa o porquê dele deixar as escolas em estado precário, não cumprir o Plano de Carreira, não realizar concursos para suprir o quadro de efetivos, e deixar os professores com reajuste zero há anos, dentre muitas outras situações deploráveis da rede de ensino”, declarou.

A seu ver, a tentativa de politizar o movimento é um método obscurantista muito comum aos governos neoliberais como o do prefeito, grande aliado de Temer na retirada de direitos dos trabalhadores: “Neto e seus aliados não são oriundos dos movimentos sociais e de luta. Essa tentativa de politizar a greve é típica de quem nunca foi trabalhador e não sabe o que é lutar por mais direitos. Eles não sabem o que é isso porque já nasceram com privilégios e benefícios obtidos em detrimento da população”.

Professora de formação, a líder da oposição destacou, ainda, que a situação pela qual passa as escolas municipais é deplorável, cujas aulas aconteciam graças ao esforço dos professores que chegavam a tirar do próprio bolso o dinheiro para materiais para os alunos.

“Conheço professoras que estavam tirando dinheiro para comprar lápis, caneta, papel. Às vezes até merenda. As escolas municipais estão tão sucateadas que o Governo do Estado assumiu quase 100 mil alunos do Ensino Fundamental, de responsabilidade da prefeitura, para não deixa-los fora das salas”, disse.