Política

Vereador debate situação de risco com moradores do Alto da Sereia

Moradores temem que suas casas sejam demolidas. Sete residências foram interditadas
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 20/06/2018 às 18:57
A audiência foi realizada na igreja
Foto: Valdemiro Lopes

Moradores do Alto da Sereia, no Rio Vermelho, participaram de uma audiência pública, realizada pela Comissão de Reparação da Câmara de Salvador, na capela da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, sob a coordenação do vereador Silvio Humberto (PSB), na noite dessa terça-feira, 19. Sete residências da área foram interditadas por risco de desabamento e podem vir a ser demolidas.

Para o pessebista, “não podemos tomar determinadas atitudes sem ouvir os principais interessados. Devemos escutar a comunidade para encontrar a melhor solução técnica e que atenda também aos interesses coletivos. Infelizmente, neste caso, a política é que escolhe a técnica. Ou se opta pelo mais fácil, que é demolir tudo ou deixa como está. O ideal é que se decida gastar mais um pouco e atender a coletividade”.

De acordo com a secretária do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), Olívia Santana, “a Câmara Municipal acertou ao trazer a Prefeitura e representantes de órgãos públicos para debater a situação da comunidade”.

“Os moradores não podem ficar nessa situação de desabrigo, sem saber o que pode acontecer e sem perspectiva. Esta audiência é importante para planejar soluções técnicas para o grave problema social. Precisamos entender que a política só tem sentido se for um instrumento de transformação da vida das pessoas”, acrescentou.

Ajuda insuficiente

A líder comunitária Maria Ivaldina disse que os moradores da região se preocupam com o destino das casas interditadas: “Ficamos tristes por saber da possibilidade de demolição. Recebemos atualmente R$300 de aluguel social da Secretaria Municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza. O valor é insuficiente para buscar um outro lugar. Não sabemos por quanto tempo receberemos o auxílio”.

As sete casas foram interditadas no último dia 7 pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), depois que uma delas desabou parcialmente. De acordo com o engenheiro civil do órgão, José Roberto Casqueiro, o terreno é argiloso e sofre ação da maré e do sobrepeso das construções. “Está sendo feito uma sondagem do solo por equipes da Defesa Civil para determinar a melhor solução”, afirmou.

Também fizeram parte da mesa de trabalho o superintendente de Desenvolvimento do Trabalho, Alexandro Reis; a ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia, Vilma Reis; o diretor de Habitação e Urbanização Integrada da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, Deusdete de Brito; a representante da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas, Leandro Santos, o líder comunitário, Charles Ribeiro e a moradora da comunidade do Alto da Sereia, Rosa Lima.