Mais uma capítulo na tramitação do projeto de lei complementar que altera o regime jurídico e o plano de cargos e salários dos servidores municipais de Salvador. A votação do parecer sobre a matéria, do relator e presidente da Comissão de Saúde, vereador Duda Sanches (DFEM), que aconteceria nessa quarta-feira, 6, foi suspensa por 72 horas por um pedido de vista de Aladilce Souza (PCdoB). O processo será retomado na próxima reunião, às 14 horas de segunda-feira, 11.

Com a suspensão os edis integrantes do colegiado convidaram representantes do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), que promoviam uma manifestação em frente à CMS contra o projeto, para ouvir os argumentos da categoria. Participaram da reunião também Odiosvaldo Vigas (PDT), Cezar Leite (PSDB) e Maurício Trindade (DEM).

O coordenador da entidade, Bruno Carianha, e seu diretor, Everaldo Braga, questionaram a intenção do Executivo em revogar o art.37 da Lei nº 7.867, de 13 de julho de 2010, que na prática acaba com o “gatilho” de 5.5% do pessoal da Saúde.

Para Everaldo, “não é justo retirar um incentivo à qualificação porque a prefeitura não está fazendo a avaliação. Nós queremos ser avaliados, é a nossa oportunidade de progredir na carreira. Se tirar esse gatilho os trabalhadores não terão estímulo para investir na qualificação profissional”.

Segundo ele, não faz sentido o Executivo justificar com a falta de recurso para instalação das comissões de avaliação, “porque nas próprias estruturas das secretarias da Saúde e de Gestão há profissionais altamente capacitados para integrar essas comissões, sem desembolso extra para o Município”.

Duda se comprometeu a discutir com o secretário de Gestão, Thiago Dantas, a possibilidade de um projeto estabelecendo prazo para implantação do processo de avaliação.