Política

Aladilce Souza acusa ACM Neto de fazer malvadeza com servidores de SSA

Segundo ela, a proposta retira direitos adquiridos, especialmente na área da saúde
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 30/05/2018 às 19:25
Aladilce: Neto faz malvadeza com servidores
Foto: Reginaldo Ipê

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) criticou o Projeto de Lei Complementar, de autoria do Executivo, que propõe alterações no regime jurídico dos servidores e no plano de cargos e vencimentos dos profissionais de saúde do município, e cujo debate está previsto para a próxima segunda-feira, 4, na Tribuna Popular da Câmara de Salvador.

Um dos pontos mais polêmicos do projeto é a revogação do artigo 37 da Lei 7.867/10, que previa a progressão automática na carreira dos servidores da Saúde. Segundo a comunista, que também é enfermeira, a alteração é uma manobra da prefeitura para acabar com uma conquista histórica do movimento e retirar direitos dos servidores.

Ainda de acordo com a edil, o segmento se queixa também da diferenciação nos salários dos médicos em relação aos contratados antes de 2014. Aqueles que passaram a integrar o quadro municipal após esse ano têm um déficit salarial de R$ 1.500,00 em relação aos antigos contratados, no que a prefeitura busca compensar através de um abono, mas sem incorporar aos vencimentos.

Mais prejuízos

Profissionais que atuam nos serviços de copa e cozinha também têm prejuízos nos salários, com perda R$ 100,00 que é recebido em forma gratificação, mas que não incorpora na folha salarial e em direitos como férias e décimo terceiro. Para a legisladora, o prefeito faz uma malvadeza com os servidores.

“São quatro anos sem reajuste para repor as perdas salariais e o prefeito ainda tem a cara de pau de apresentar um projeto que retira direitos dos servidores. Nem com o pessoal da copa, que recebe menos de um salário mínimo, ACM Neto teve a dignidade de incorporar os cem reais que atualmente são recebidos em forma de abono”, criticou.

O projeto enviado pela prefeitura ainda prevê a contratação de onze cargos comissionados, sendo nove para a Secretaria de Trabalho e dois para a Secretaria de Comunicação. Para adiar a votação, Aladilce pediu vistas ao projeto, que deverá ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça na próxima segunda-feira.