Política

Marta acusa prefeito de sanha arrecadatória na licitação dos coletivos

“Os rodoviários estão em seu pleno direito de greve, trabalham em condições precárias", diz ela
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 23/05/2018 às 19:23
Marta Rodrigues: críticas ao prefeito
Foto: Antonio Queirós

A licitação de transporte adotada pelo prefeito ACM Neto (DEM) é uma sanha arrecadatória que tem como consequências a má qualidade do transporte público, os aumentos de tarifa e os entraves que culminaram na greve dos rodoviários. A afirmação é da líder da oposição na Câmara de Salvador, vereadora Marta Rodrigues (PT), nesta quarta-feira, 23.

Em sua opinião, “o transporte público precisa de apoio do poder público e de subsídios. Os maiores prejudicados com esse modelo são o trabalhador, o rodoviário, e o cidadão, que não tem um transporte de qualidade e sempre vê a tarifa aumentar”.

Para ela, o modelo de concessão por outorga onerosa da prefeitura tem nítido objetivo de arrecadação e alimenta um sistema de empurra-empurra com os empresários, desinteressados em tirar do próprio patrimônio para beneficiar o sistema.

“Os rodoviários estão em seu pleno direito de greve, trabalham em condições precárias, mas o modelo de concessão por outorga onerosa é um erro grave que compactua com um sistema equivocado. O prefeito escolheu não as empresas que cobrassem a menor tarifa de transporte, mas as que pagassem mais à prefeitura”, declarou.

Segundo a petista, o sistema adotado pelo prefeito é um exemplo do desinteresse dele com a população: “Grandes cidades do país e do mundo subsidiam transporte, tem aporte público. Esse modelo de licitação da prefeitura é falido, é uma sanha arrecadatória”.