Segundo o Estadão, dois emissários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negociam com a Polícia Federal os termos de rendição para que o petista seja preso. Ainda não há uma decisão sobre como será o procedimento a ser adotado, o que aconteceria.

 A cúpula da Segurança Pública de São Paulo foi informada por fontes próximas de Lula que o ex-presidente deve permanecer no Sindicato dos Metalúrgicos até o final da missa em homenagem a mulher, Marisa Letícia, que faria 68 anos neste sábado, 7. Após a missa, os advogados informaram aos negociadores que o presidente pretende se entregar em São Paulo. 

O ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator da Lava Jato no tribunal, negou na sexta-feira o pedido de medida liminar no habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

No habeas corpus preventivo do petista os advogados pediam que fosse concedida liminar para suspender execução provisória da pena até que o julgamento de mérito deste habeas corpus seja realizado.

O ex-presidente Lula é o 13.º petista a receber ordem de prisão desde o mensalão, o primeiro escândalo a atingir dirigentes da sigla. Todos foram investigados por fatos relacionados ao período em que a legenda ocupou o poder central, de 2003 até 2015.

Em 2014, o diretório aprovou resolução determinando que qualquer petista condenado pela Justiça seria expulso. No ano seguinte, Rui Falcão reforçou no programa partidário de rádio e TV. “Qualquer petista que cometer malfeitos e ilegalidades não continuará nos quadros do partido”, disse

A madrugada de sexta para sábado, 7, transcorreu em clima de tranquilidade no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu isolado no segundo andar do prédio. 

 

A maior parte dos apoiadores se concentrou no terceiro andar do edifício, dormindo no palco do auditório do sindicato. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ficaram em uma tenda instalada do lado de fora.

A maior parte do grupo de pessoas que estava mobilizada na entrada do sindicato se dispersou após o carro de som que estava parado em frente ao prédio parou de tocar músicas, por volta das 3h30.