Uma das preocupações de Israel com o movimento de protesto é uma tentativa, espontânea ou não, de forçar a cerca da fronteira.
Da Redação , Salvador |
30/03/2018 às 18:22
Palestino lança pedra em direção a soldados israelenses nesta sexta-fei
Foto: AP
Em confronto na Faixa de Gaza deixou 15 palestinos mortos e cerca de 1.100 feridos nesta sexta-feira (30), dizem médicos palestinos. Segundo o Exército israelense, o confronto começou quando palestinos se aproximaram da fronteira de Israel. O Ministério de Saúde de Gaza, por sua vez, diz que soldados israelenses atiraram em dois agricultores palestinos da região que transitaram em suas terras antes das manifestações começarem.
O confronto ocorreu no primeiro dia de protestos da chamada "Marcha do Retorno", manifestação contrária à ocupação israelense. Organizada oficialmente pela sociedade civil, a manifestação é apoiada pelo Hamas, o movimento islâmico palestino que governa a Faixa de Gaza.
Segundo a Associted Press, esse foi o dia mais sangrento em Gaza desde a guerra travada na fronteira em 2014.
No protesto, previsto para continuar até o dia 15 de maio, tendas de campanha foram montadas a uma distância de cerca de 700 metros da fronteira, mas os manifestantes palestinos têm realizado demonstrações a cerca de 200 metros do território israelense, diz a agência Efe. Segundo Israel, 30 mil palestinos compareceram aos cinco acampamentos da marcha.
Em comunicado, as Forças Armadas de Israel disseram que "manifestantes estão atirando pneus incendiados, coquetéis molotov e pedras contra a cerca de segurança", enquanto as tropas do Exército "respondem com meios de dispersão e atirando contra os principais instigadores".
A nota acrescenta que "a organização terrorista Hamas põe em risco as vidas das pessoas de Gaza e as utiliza para camuflar suas atividades terroristas".
Uma das preocupações de Israel com o movimento de protesto é uma tentativa, espontânea ou não, de forçar a cerca da fronteira.