O vereador Maurício Trindade (DEM) promoveu, na manhã desta segunda-feira, 12, uma reunião para discutir regulamentação do serviço de transporte por aplicativo em Salvador. Participaram representantes dos motoristas e taxistas, com a participação do ex-deputado estadual Capitão Tadeu.
Na opinião do democrata, essa regulamentação vai permitir também que haja uma revisão das regras para os táxis: “Esse é o momento em que os taxistas devem sinalizar o que precisa ser melhorado e o que os tem prejudicado”.
A principal preocupação dos condutores de aplicativo é ter que cumprir as mesmas regras vigentes para os taxistas. Para Cláudio Sena, diretor de Comunicação da Associação de Motoristas Particulares e de Aplicativo da Bahia (Ampaba) , “a Prefeitura deve estabelecer principalmente o critério tributário e deixar a gestão pelo aplicativo, que só funciona sob as regras da iniciativa privada”.
A entidade estima que somente no Uber estão cadastrados mais de 18 mil motoristas, quantidade que incomoda os taxistas, por considerarem muito grande a concorrência muito. “Na regulamentação deve ser mantida uma diferença importante entre os serviços que é a autorização para embarque de passageiros na rua. Essa deve ser uma característica somente do táxi. Os motoristas de aplicativo devem ficar restritos aos chamados pela plataforma”, defendeu Eurípedes Marques , diretor da Associação Geral dos Taxistas (AGT).
Outra sugestão da AGT é uma maior fiscalização e identificação dos motoristas de aplicativos para evitar carros clandestinos que prestam o serviço em locais de grande movimento como a rodoviária, aeroporto e casas de shows. “O intuito deste encontro é buscar o caminho para que os dois grupos tenham um entendimento. Estamos falando de pais de família e trabalhadores em busca do seu sustento, então é preciso diálogo e equilíbrio”, afirmou Capitão Tadeu.
No momento da regulamentação, a Ampaba quer que os direitos sejam equiparados. “Nós queremos o direito a benefícios como desconto na aquisição de veículos, abatimento no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), acesso liberado aos circuitos de Carnaval e pontos de paradas sinalizados”, destacou sua diretora jurídica, Cíntia Madureira.