Nova Brasília de Valéria foi a localidade escolhida para a primeira edição do ano do projeto Ouvidoria no Bairro, atividade realizada pelo órgão da Câmara de Salvador na manhã desta sexta-feira, 9, na sede da Associação Achamola.

Segundo o ouvidor, vereador Luiz Carlos Suíca (PT), o objetivo da atividade é “fazer uma escuta qualificada nos bairros. As edições do projeto estão cada vez mais cheias, o que demonstra a necessidade de melhoria dos serviços públicos da cidade”.

Acompanhado dos técnicos da Ouvidoria, o petista comemorou os resultados das sete edições realizadas em 2017: “Acolhemos as demandas das comunidades para encaminhá-las aos órgãos responsáveis, cumprindo o objetivo do projeto de aproximar ainda mais o cidadão do Legislativo Municipal”.

Em parceria com as respectivas secretarias e órgãos, foram montadas unidades móveis para atendimento dos programas Bolsa Família, Serviço Municipal de Intermediação de Mão de Obra (SIMM). O entretenimento ficou por conta da equipe do Programa Ruas de Lazer. Também foi oferecido atendimento jurídico gratuito.

As comunidades interessadas em receber a visita do projeto Ouvidoria no Bairro devem enviar mensagem através do link http://www.cms.ba.gov.br/ouvidoria_contato.aspx.

Campanha da Fraternidade

Nessa quinta-feira, 8, a CMS realizou uma sessão especial sobre a Campanha da Fraternidade 2018 da Igreja Católica, no Plenário Cosme de Farias. Neste ano, a campanha tem como mote “Superação da Violência”. O autor do evento foi Joceval Rodrigues (PPS), para quem “precisamos disseminar entre as pessoas a cultura da paz”.

Ele lamentou o fato de que “entre as 50 cidades mais violentas do mundo, 17 estão no Brasil e três no estado da Bahia. São elas Vitória da Conquista (11º lugar), Feira de Santana (19º) e Salvador (25º)”. O levantamento foi divulgado nesta semana pela ONG mexicana Segurança, Justiça e Paz, que faz o levantamento anualmente com base em taxas de homicídios por 100 mil habitantes.

“Infelizmente a violência está embutida no nosso cotidiano. E está começando a pairar na sociedade uma certa falta de capacidade de se indignar com esta situação”, afirmou o vereador. Segundo ele, “precisamos reagir e lutar contra este mal crescente que é a violência”.

Como deter a violência

Também presente ao encontro, o arcebispo primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, afirmou que “a Igreja Católica busca com esta campanha criar uma consciência na sociedade de que é preciso superar a violência. É necessário refletir como podemos deter essa escalada de violência, pois não é normal que um ser humano pratique atos de agressão ao seu semelhante”.

O líder religioso também lamentou que “um dado terrível, sendo hoje o Dia Internacional da Mulher, é o fato de que 59 % das agressões contra as mulheres acontecem dentro de suas próprias casas, que deveriam ser locais de afeto e carinho”.

Geane Muniz, supervisora da Transalvador, fez seu depoimento sobre a necessidade da cultura de paz no trânsito. “Os motoristas devem ter mais tranquilidade. Muitos condutores, habilitados há muito tempo, não procuram se informar sobre o Código de Trânsito quando são autuados e ameaçam os agentes, às vezes com armas de fogo”. Ela reclamou que “inclusive, nós, mulheres, somos mais fragilizadas com esta situação”.